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Opinião: ‘Semelhança que não é mera coincidência. E cadê eles?’

Alexandre Wrobel, vice de Patrimônio do Flamengo por mais de sete anos, <br>Patrícia Amorim e Bandeira de Mello têm muito a responder sobre a tragédia do Ninho&nbsp;<br>

Montagem Patricia Amorim, Alexandre Wrobel e Bandeira de Melo
imagem cameraPatrícia Amorim e Bandeira de Mello tiveram Alexandre Wrobel (no meio) como vice de Patrimônio (Reprodução)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/02/2019
21:13
Atualizado em 22/02/2019
08:40

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Qual a semelhança entre Patrícia Amorim e Eduardo Bandeira de Mello? Isso mesmo, pessoal: ambos foram presidentes do Flamengo. A primeira – que teve só um mandato, entre 2010 e 2012 – deu início ao Centro de Treinamento do Ninho do Urubu. Vejam o que ela falou no dia 30 de novembro do ano passado, durante a inauguração do módulo profissional:

– Era uma briga danada porque as pessoas diziam na época que a casa do Flamengo era na Gávea.

Logo em seguida, revelou o “craque” que comandou essa mudança:

– O Alexandre Wrobel é um craque. Isso eu acho que é uma unanimidade, uma das poucas que o Flamengo tem. Então, mérito dele mesmo. Minha parte foi trazê-lo para dentro do Flamengo.

O segundo, no caso Bandeira de Mello, inaugurou o módulo 1, em 2016. Já no ano passado, como lembrado acima, celebrou o módulo profissional ao lado de Patrícia e Wrobel . Mas as semelhanças não param por aí. O então presidente por dois mandatos – 2013/2015 e 2016/2018 – e Patrícia Amorim contavam com os improvisados contêineres como alojamento para as categorias de base que pegaram fogo no último dia 8 (há exatas duas semanas), deixando dez jovens jogadores mortos e três feridos.

Em entrevista à Rádio Globo, no último dia 11, Bandeira de Mello questionou as 31 multas da Prefeitura do Rio, além de dizer que não sabia que elas existiam e, muito menos, sobre o pedido de interdição do Ninho do Urubu:

– Sobre as multas, não sei ao que ela (Prefeitura) se refere. Em momento nenhum chegou algo de condição do trabalho, segurança dos atletas e funcionários que ficam alojados no clube. Nunca houve nenhum tipo de interdição do CT baseado em condições de segurança e trabalho. Surreal que a Prefeitura tente interditar uma instalação e não consiga. O que me lembro é que a Prefeitura do Rio elogiou o que vinha sendo feito nessa questão de tratamento dessas crianças.

Por enquanto, o inexplicável

Como nem toda semelhança é mera coincidência, Patrícia Amorim e Eduardo Bandeira de Mello tiveram Alexandre Wrobel como vice-presidente de Patrimônio, que comandou as obras do Ninho do Urubu. Foram mais de sete anos à frente desta pasta.

E o que importa essas informações? Muita coisa. Eles, principalmente Alexandre Wrobel, também devem (e têm a obrigação) de vir a público e dar uma chegada (que tal?) até as autoridades do Ministério Público do Rio, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública e Polícia Civil para tentar explicar a inexplicável, por enquanto, tragédia no Ninho do Urubu.

Investigação?

Ah, aliás, a Prefeitura do Rio, através da Secretaria Municipal de Fazenda, entrou com uma notícia-crime na 42ª DP, no Recreio, Zona Oeste do Rio de Janeiro, contra o Flamengo, por desobediência ao edital de interdição emitido pelo órgão, no fim de 2017. Mas cadê os citados no início, meio e fim da coluna? Os ex-presidentes, Patrícia Amorim, Eduardo Bandeira de Mello, e o ex-vice de Patrimônio, Alexandre Wrobel.

Isto porque, como eu disse na coluna passada, não podemos deixar cair no esquecimento tragédias como essa (clique no link abaixo para reler). Esperamos que na próxima tenhamos já algumas respostas, pois do jeito que está, não pode ficar. Até lá, pessoal!

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