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Pool: Marcus Vicente, no comando da CBF, é questionado no Espírito Santo

Veja o perfil do presidente em exercício da CBF. Em mais de 20 anos no comando da federação capixaba, pouco fez pelo futebol;  tem enorme rejeição e baixa popularidade

Marcus Vicente - "substituto" de Del Nero
Marcus Vicente assumiu a Federação  Capixaba em  1994.  Também deputado,  sempre priorizou a política até deixar o comando em 2015 . Nestes 21 anos, o futebol capixaba despencou no cenário nacional       (Foto: Divulgação)

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Marcus Antônio Vicente tem 61 anos é um personagem controverso no futebol do Espírito Santo. Formando em direito e natural da cidade de Ibiraçu (a 66km da capital Vitória), Marcus começou cedo a sua trajetória na polícia e foi eleito vereador aos 22 anos de idade, em 1976. Anos mais tarde alçou voos mais altos e se tornou prefeito na cidade. Foram dois mandatos comandando o município que, na época, tinha menos de 10 mil habitantes.

A vida na política sempre foi atrelada com a vivência no futebol, tanto que no final da década de 1980 Marcus se tornou presidente do Ibiraçu Esporte Clube, campeão capixaba de 1988. A entrada na Federação de Futebol do Espírito Santo veio em 1990, quando se tornara vice-presidente da entidade presidida pelo jornalista William Abreu. Em 1994 Marcus Vicente assumiu o posto de presidente, onde ficou por duas décadas e saiu no início de 2015, dando lugar a Gustavo Vieira, que até então era diretor executivo da federação capixaba.

O período comandado por Marcus Vicente coincidiu com o declínio do futebol capixaba, que desde 1993 não tem um representante na Série A do Brasileirão e desde 1994 (com o extinto e semifinalista Linhares Esporte Clube) não passa sequer da primeira fase da Copa do Brasil. Atualmente o futebol capixaba está penando na Quarta Divisão e as melhores campanhas foram em 2010 e 2015, quando o Rio Branco caiu nas oitavas de final.

Muito em razão desse longo mandato sem grandes resultados Marcus Vicente é um dirigente com enorme rejeição e baixa popularidade entre os torcedores de clubes capixabas, chegando ao ponto de muitos avaliarem com ar incrédulo o fato do antigo mandatário do futebol local assumir o comando da CBF. Em 2001, o dirigente chegou a depor durante a CPI CBF/Nike, onde falou sobre o mandado na federação capixaba.
Uma das muitas críticas atribuídas a Marcus Vicente pelos amantes do futebol local é a atenção destinada a assuntos alheios ao futebol, uma vez que o cartola assumiu o cargo de de deputado federal pela primeira vez em 1997 e precisara dividir suas atenções entre a federação de futebol e os afazeres em brasília. De lá para cá, Marcus foi reeleito em 1998, 2002, 2010 e 2014.


Os anos de insucessos a nível nacional fizeram a Federação do Espírito Santo perder força e a entidade fechou o ano de 2014 no 23º lugar entre as 27 federação do Brasil. Fazendo com que o Estado perca uma das duas vagas que tinha direito na Copa do Brasil.

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