O secretário-geral Walter Feldman foi a voz de resposta da CBF ao manifesto público feito por integrantes da sociedade civil e figuras do esporte, como ex-jogadores e treinadores, nesta terça-feira, em frente à entidade, no Rio. Em um discurso digno de palanque político, ele fez questão de ressaltar que existe a esperança do retorno de Marco Polo Del Nero - o presidente licenciado - ao poder.
- Não há nenhum elemento no FBI e na Fifa que comprove que o presidente Marco Polo esteja ligado à corrupção da Fifa. O presidente Marco Polo tem se pronunciado de maneira segura. Estará na CPI do Senado exatamente para se manifestar sobre isso, e lá vai se manifestar sobre as denúncias. Existe possibilidade real de Del Nero não ter nenhum envolvimento. Há a possibilidade de ele voltar, sim. Não há motivo para manifestação de renúncia - afirmou Feldman.
Indagado sobre um dos pedidos do manifesto - tem participação do Bom Senso, do Atletas Pelo Brasil e Universidade do Futebol - pela renúncia coletiva da diretoria da CBF, Feldman rechaçou a possibilidade.
- Haverá eleição de vice-presidente para ocupar uma vacância, se houver a superação do impasse na Justiça. É um cargo em vacância, não é para assumir a CBF. Até porque acreditamos que o Marco Polo poderá retornar. Não entendemos o porquê pedem a renúncia coletiva, não vemos motivo - disse o secretário-geral, que prometeu uma resposta futura ao movimento:
- Havia uma expectativa de que eles fizessem entrega de algum documento.
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