A Fifa e seu seleto grupo de parceiros: por que é tão rentável patrocinar a entidade?
Várias empresas estão dispostas a pagar fortunas para se associarem à Fifa, mas pouquíssimas conseguem
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Por Lucas Pessôa
Patrocinar a Fifa não é uma tarefa fácil. Há uma fila de empresas dispostas a pagar fortunas para se associarem ao órgão máximo do futebol, mas pouquíssimas conseguem. O que vemos, na verdade, é a perpetuação das mesmas marcas no topo do portfólio comercial da entidade.
Nesta semana, por exemplo, a Fifa anunciou a renovação da parceria com a Qatar Airways. A companhia aérea é uma das patrocinadoras principais da entidade desde 2017 e ampliou o vínculo até a Copa do Mundo de 2030.
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A year on from the historic FIFA World Cup Qatar 2022™ kick-off, #QatarAirways and @FIFAcom are proud to announce the extension of their strong partnership until 2030.
— Qatar Airways (@qatarairways) November 22, 2023
Here’s to more unforgettable moments together ????⚽️ pic.twitter.com/WVYrsmA3My
A parceria parece duradoura, mas é a mais recente entre os atuais "Parceiros Globais" da Fifa. Adidas (1970), Coca-Cola (1978), Hyundai/Kia (1999), Visa (2007) e Wanda Group (2016) são as outras empresas que não abrem mão de patrocinar todos os torneios organizados pela entidade.
Dos sete parceiros do último ciclo de Copa do Mundo (2019-2022), apenas um não permanece no grupo: a Qatar Energy. A decisão indica que o patrocínio foi um investimento pontual para o Mundial disputado no país árabe.
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Esta vaga aberta é o sonho de consumo de diversas empresas ao redor do mundo. A favorita para ocupar, inclusive, é a Aramco, petrolífera estatal saudita. De acordo com a imprensa inglesa, o vínculo seria até a Copa de 2034, na Arábia Saudita, e seria a parceria mais lucrativa da Fifa.
Por que vale a pena patrocinar a Fifa?
No ciclo 2019-2022, a Fifa teve um faturamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 8,8 bilhões) com a venda de direitos comerciais. De acordo com o orçamento já divulgado, a meta é aumentar esta cifra para US$ 2,7 bilhões (R$ 13,2 bilhões) no período de 2023-2026.
Se as marcas estão dispostas a desembolsar milhões por ano - e com contratos de longo prazo - para se associarem à Fifa, podemos imaginar que elas têm algum tipo de retorno com o investimento.
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O principal é o alcance massivo e global da Copa do Mundo, o evento esportivo mais assistido no mundo. De acordo com relatório da Fifa, 5 bilhões de pessoas estiveram envolvidas de alguma maneira com o Mundial de 2022 – o que representa mais de 60% da população do planeta.
A parceria com a Fifa oferece uma plataforma de marketing extremamente exclusiva, garantindo que os patrocínios na Copa do Mundo sejam limitados e cada vez mais lucrativos para as empresas.
Além da presença em placas de LED e backdrops de entrevistas durante o torneio, os patrocinadores são os únicos que podem usar a propriedade intelectual oficial da Fifa para aprimorar campanhas de marketing e, em alguns casos, até mesmo impulsionar a credibilidade da marca.
* Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Lance!
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