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Copa Libertadores mostra evolução nos valores de premiação na última década

Competição da Conmebol paga valores mais vultosos aos participantes do que pagava dez anos atrás

Taça da Libertadores no Museu da Glória
imagem cameraÚltimo campeão da Copa Libertadores foi o Flamengo (Divulgação/Mastercard)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 08/02/2023
16:12
Atualizado em 09/02/2023
07:00

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A Copa Libertadores deste ano, cuja primeira fase teve início na última terça-feira, terá um salto de premiação para os participantes em relação à edição anterior. A Conmebol vai distribuir um total de US$ 207,8 milhões (R$ 1,081 bilhão, na cotação atual) em prêmios. Outros torneios da entidade também tiveram aumentos, mas a grande disparidade é na comparação com os valores oferecidos dez anos atrás.

Na fase de grupos de 2013, as equipes recebiam US$ 200 mil por cada jogo em casa na fase de grupos. Na edição 2023, os clubes, além dos US$ 3 milhões pela presença, terão bônus de US$ 300 mil por vitória. Em relação ao acumulado para o campeão, o vencedor da atual Glória Eterna vai faturar até US$ 36,55 milhões (R$ 190,17 milhões).

Guardadas as devidas correções por inflação, isso dá mais de nove vezes os US$ 4 milhões obtidos pelo Atlético-MG há dez anos. Para Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing e patrocínio esportivo, essa ampliação é um reflexo do atual contexto do torneio.

- Com certeza existe um orçamento com base no crescimento da competição. Esta premiação é um espelho do sucesso financeiro do campeonato, que deve bater recorde de captação de recursos a cada ano. Vale citar um ponto positivo: com premiações tão robustas, os clubes com situação delicada e até mesmo os que estão financeiramente sadios passam a priorizar o torneio em detrimento a outros nacionais que disputam - entende Renê.

Pedro Melo, CCO do Atlético-MG - responsável pela captação e gestão de patrocínios do clube -, destaca a evolução comercial da competição.

- O futebol sul-americano tem se desenvolvido em vários aspectos, transformando seus campeonatos em produtos mais robustos e qualificados. Com o aumento no alcance das competições, no caso a Libertadores, é natural que mais parceiros façam parte do projeto, elevando a arrecadação do torneio. Todo esse sistema acarreta em uma maior premiação aos vencedores, tornando a disputa mais atrativa e acirrada - entende.

Em 2022, o Fortaleza disputou pela primeira vez a Libertadores da América. Vai voltar ao torneio continental neste 2023, e a estreia é contra o Deportivo Maldonado (URU), pela segunda fase da competição.

- Disputar a Libertadores foi especial para nós, tanto pelo lado técnico quanto financeiro. Há muito a ser explorado em uma competição deste calibre. É um torneio repleto de holofotes, que se valoriza a cada edição, e o aumento da premiação é só um exemplo disso. Outro fator de impacto é a presença e festa de nossa torcida nos jogos como mandante, apoio que se mostra ainda mais relevante numa competição como essa. Por isso a importância de disputarmos este torneio mais uma vez - entende Marcelo Paz, presidente do Fortaleza.

Rogério Neves, CEO da Motbot, entende que o crescimento da premiação é uma consequência. Tanto a competição quanto os times se fortaleceram ao longo do tempo.

- É animador notar o fortalecimento do futebol no nosso continente. Cada vez mais temos visto a formação de times qualificados, com nomes renomados. Os clubes também têm se organizado financeiramente e tudo isso contribui para a valorização da Libertadores. Com receitas maiores, é natural que ocorra esse aumento na premiação. Isso comprova a importância do aspecto financeiro que, além de servir como motivação, também possibilita a evolução do esporte - destaca Rogério Neves.

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