Gigantes em risco? Entenda impacto financeiro de ficar de fora da Champions League
Principal torneio da Uefa tem enorme peso para os cofres dos clubes
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O encerramento das ligas europeias, no último fim de semana, foi motivo de alegria para alguns clubes e de preocupação para outros. Afinal, gigantes como Juventus, Chelsea, Liverpool e Tottenham não conseguiram garantir vaga na Champions League 2023/24 e sentirão um impacto nos cofres.
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Destaques:
- Prejuízo direto dos clubes gigantes pode superar € 90 milhões
- Perda será sentida na linha de receitas de transmissão, que representa, em média, 45% do faturamento total dos clubes
- Ausência na Champions também impacta patrocínios, bilheteria, mercado de transferências e Fair Play Financeiro
Contexto e números:
A Uefa ainda não divulgou o relatório financeiro da temporada 2022/23, mas é possível ter noção dos valores pagos a cada clube no balanço de 2021/22.
Ao todo, os participantes da Champions League dividem um bolo de € 2 bilhões, que são distribuídos da seguinte forma: 25% igualmente entre as equipes que se classificaram para a fase de grupos, 30% de acordo com o coeficiente de 10 anos da Uefa, 15% baseados no tamanho dos mercados domésticos de TV e os 30% restantes ligados ao desempenho na competição.
Fora do rateio da Champions, os clubes gigantes deixam de ganhar entre € 75 milhões e € 95 milhões, usando como base os valores das últimas temporadas. Este montante faria parte da linha de receita de "Broadcast", que inclui direitos de transmissão e premiações.
No caso de Liverpool e Juventus, o impacto será menor, porque os clubes vão disputar a Liga Europa. Chelsea e Tottenham, por outro lado, ficaram de fora de todos os torneios continentais e vão sentir um peso maior no bolso.
Impactos indiretos:
Além de não participar do rateio bilionário da Champions League, os clubes podem ter outros impactos financeiros. Acordos de patrocínio geralmente incluem cláusulas de bonificações em caso de participação no torneio da Uefa, por exemplo. Sem os jogos da Champions League, que costumam ter bastante apelo, os times também devem ter uma queda na receita de bilheteria.
Há também as questões do Fair Play Financeiro e do mercado da bola. Fora do torneio, os clubes terão uma queda nas receitas e deverão diminuir as despesas para se adequar às regras de sustentabilidade financeira impostas pela Uefa. Isso pode significar, por exemplo, a venda de jogadores na janela ou a dificuldade de trazer estrelas do futebol mundial.
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