L! Espresso: Boca Juniors revela um Palmeiras que estava escondido

Havia um Boca no caminho. Que revelou todos os problemas do Palmeiras. E o time que tinha 100% de aproveitamento fora de casa foi derrubado pelo Boca Juniors nas semifinais da Copa Libertadores sem conseguir vencer nenhum dos jogos. Foi derrotado em Buenos Aires, onde na fase de grupos havia vencido por 2 a 0, e empatou em casa ontem, por 2 a 2. Mas o Palmeiras foi eliminado não ontem, mas na primeira partida, quando fez um jogo covarde, de chutão, descartando a bola. No Allianz Parque melhorou, sim, mas ainda bastante longe de se dizer que jogou um grande futebol. O revés em La Bombonera selou o destino do time que parecia favorito depois das quartas de final. A eliminação teve ainda requintes de crueldade: Bruno Henrique abriu o placar cedo, mas o gol acabou anulado após consulta ao VAR. Em seguida, o Verdão ainda sofreu o 1 a 0 que praticamente acabou com as suas chances, uma vez que precisaria marcar quatro gols. A crueldade final foi virar para 2 a 1 e, quando o terceiro parecia amadurecer, houve o empate argentino. Foi o iceberg que botou abaixo o navio verde. Voltou o esquema de chutão, de bola na área a todo custo, sem tratar a bola com a dignidade merecida. A eliminação na Libertadores, que verá pela primeira vez uma final argentina, e ainda entre Boca e River, deve provocar uma reflexão na torcida e nos dirigentes do Palmeiras. O jogo que rifa a bola, o jogo de pouca elegância funcionou por um tempo, inegavelmente. A equipe ainda é líder do Campeonato Brasileiro e favorita ao título. Quase não vinha tomando gols - agora tomou cinco nos últimos três jogos. Mas é o bastante quando se tem o melhor elenco do país, e talvez da América do Sul? Não é. Mas tudo depende do que os dirigentes esperam de seu investimento milionário.

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