Brasil tem desempenho histórico no Mundial de natação paralímpica
Com um total de um total de 36 medalhas conquistadas, a delegação brasileira consegue melhor resultado na história da competição
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O Brasil se despede do Mundial de natação paralímpica, realizado na Cidade do México, com resultados inéditos. Encerrada nas primeiras horas desta sexta-feira, a competição rendeu à delegação brasileira seu melhor resultado em mundiais. O país conquistou 36 medalhas em seis dias da competição, sendo 18 delas, douradas. No quadro de medalhas, o Brasil ficou na quarta colocação.
A China terminou liderou, com 30 ouros, seguido dos Estados Unidos (21 ouros) e da Itália em terceiro (20 ouros).
- A nossa participação foi extremamente positiva. Conquistamos um número muito expressivo de medalhas, superando nossa performance de Glasgow-2015, e estamos felizes com a renovação, por termos seis novos campeões mundiais. Daniel Dias e André Brasil são sempre os principais destaques e estão sempre liderando o nosso grupo, mas é muito importante ressaltar jovens como Talisson Glock, Ítalo Pereira e Cecília Pereira, a mais nova da delegação, com apenas 19 anos, e que conquistou uma medalha de ouro - disse Jonas Freire, diretor-técnico adjunto do Comitê Paralímpico Brasileiro.
O desempenho é histórico para o Brasil, a começar pelo total de medalhas de ouro conquistadas. Os 18 ouros do México superam o desempenho verde e amarelo no Mundial de Eindhoven, na Holanda, em 2010. Na ocasião, foram 14 medalhas douradas.
Além disso, é a primeira vez na história que a delegação brasileira supera a marca das 26 medalhas em um Mundial. Coincidentemente, o país chegara a esta quantidade de premiações em duas competições consecutivas: Durban-2006, Eindhoven-2010. Na última edição do Mundial, em Glasgow-2015, o Brasil se despediu com 23 pódios.
Parte desta conquista no México se deve à participação feminina na Piscina Olímpica Francisco Márquez, na Cidade do México. O local, uma das arenas dos Jogos Olímpicos da capital mexicana em 1968, serviu de palco para que todas as seis representantes femininas chegassem ao pódio. A cearense Edênia Garcia (S3), a paulista Raquel Viel (S12), a mineira Patrícia Santos (S3), a potiguar Joana Neves (S5) e a paranaense Beatriz Carneiro (S14) levam para casa uma medalha cada. Já potiguar Cecília Araújo (S8) faturou duas medalhas.
O Brasil ganhou também seis novos campeões mundiais de natação paralímpica em provas individuais. O tocantinense Ítalo Pereira (S7), o pernambucano Phelipe Rodrigues (S10), o carioca Thomaz Matera (S12), o paulista Ruan Souza (S9), o catarinense Talisson Glock (S6), além de Cecília Araújo, experimentaram ouvir o hino pela primeira vez à pérgola de uma piscina de Campeonato Mundial. Quatro deles têm 25 anos ou menos, numa prova de que o processo de maturação corre em ritmo forte na modalidade.
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O Brasil ainda contou com mais uma boa atuação de Daniel Dias. No último treino antes da estreia, ele avisara que deixara aos filhos Asaph, 3 anos, e Danielzinho, 2, a promessa de levar para casa duas medalhas para cada. O nadador de 29 anos, nascido em Campinas, São Paulo, não só cumpriu a meta, como quase a dobrou. Despediu-se do México com seis pódios, todos ouros (quatro individuais e um revezamento).
- O saldo é positivo, não só pessoal, mas para o Brasil, de forma geral. Estou feliz com o que o país apresentou. É uma Seleção que vai marcar a vida de muitos atletas e da própria comissão técnica - destacou Daniel.
A última conquista brasileira no México foi um eletrizante ouro nos 100m livre da classe S12 do carioca Thomaz Matera.
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