Camisas de respeito recheiam décima edição do NBB
Além de Flamengo, Vasco e Vitória, décima edição do torneio nacional começa neste sábado com o ‘reforço’ do Botafogo entre os clubes de futebol, mas sem torcidas mistas
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A décima edição do NBB terá a sua primeira bola levantada neste sábado, com o duelo entre os últimos finalistas. Bauru e Paulistano se enfrentam às 14h (de Brasília), no Ginásio Antonio Prado Jr, em São Paulo. Mas o que chama a atenção é a chegada de mais uma equipe com camisa de peso no futebol.
Campeão da Liga Ouro, o Botafogo se uniu aos cariocas Flamengo e Vasco e ao Vitória, da Bahia. O fato é motivo de celebração por um lado, mas de certo vazio por outro.
No Rio, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) decidiu que apenas os mandantes poderão levar torcedores para os clássicos, uma vez que as arenas da cidade não apresentam condições de segurança para comportar rivais, com entradas separadas e isolamento durante as partidas.
Os casos de violência nos ginásios vêm ligando o alerta de clubes e da Liga Nacional de Basquete (LNB) nos últimos anos. A preocupação levou até ao cancelamento do Campeonato Carioca deste ano.
Hoje, só há um cenário para torcida mista. A entidade que gerencia o NBB pode dar aval a clubes de levarem clássicos a outros estados, como na edição passada, quando Flamengo e Vasco se enfrentaram com torcida mista em Manaus, no returno (o Rubro-Negro venceu).
O Fla, que tenta o hexacampeonato, o Botafogo e o Vasco recorrerão à Arena Carioca 1, do Parque Olímpico, para receber os clássicos. Mas, mesmo nela, não há autorização do Gepe para torcida mista. Se nem tudo é ideal, utilizar um palco olímpico anima as equipes.
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– Será ótimo. Vamos promover o máximo possível de partidas lá. Acho que o Rio e o NBB merecem um palco como este – declarou Dedé Barbosa, treinador do Vasco.
O estado de São Paulo segue sem um time de futebol no NBB. O último foi o Palmeiras, que encerrou as atividades em 2015, por falta de investidores.
Marcelinho Machado prepara o adeus
A temporada do NBB marcará a despedida de Marcelinho Machado. O ala-armador e ícone do Flamengo, que já vestiu a camisa da Seleção Brasileira, diz que a decisão é definitiva e reforça o desejo de encerrar a carreira com o sexto título da competição.
– Sei que vai me fazer falta, mas sei também de toda a contribuição que dei para o basquete. Nem por isso me dou por satisfeito. Quero terminar esta temporada levantando o troféu de campeão – afirmou o jogador, de 42 anos.
HISTÓRIA
Entre 1965 e 1989, a Taça Brasil tinha status de Brasileirão. Ela foi substituída em 1990 pelo Brasileiro de Basquete, que existiu até 2008, quando deu lugar ao atual NBB, cuja gestão é da Liga Nacional de Basquete (LNB), e não da CBB. Juntando as três, Franca é o maior campeão brasileiro, 11 vezes, seguido por Sírio (7) e Flamengo (6). Monte Líbano (5), Brasília e Corinthians (4), Bauru, Rio Claro e Vasco (2), Botafogo, Corinthians-RS, Palmeiras, Ribeirão, São José, Telemar, Uberlândia e Vila Nova-GO (1).
COM A PALAVRA
'Um processo de médio a longo prazo'
João Fernando Rossi
Presidente da LNB
Não tenho dúvidas de que, no mundo, o basquete é o segundo esporte. Pode olhar Real Madrid, Barcelona, Galatasaray, Bayern, Panathinaikos, entre outros. Somos o segundo esporte dos clubes de futebol. Baseados nisso, seguimos uma tendência. O futebol é um ativo importante para a liga. Com Flamengo, Vasco, Botafogo e Vitória, estamos falando de 50 a 60 milhões de fãs, que devemos explorar. E de forma inteligente.
Não tem como mudarmos a situação das torcidas únicas agora. Não depende de uma força ou outra, nem da Liga. Mas acredito que já estamos caminhando no sentido de mostrar às pessoas que o basquete é um espetáculo diferenciado, como fizemos no Jogo das Estrelas. Queremos que ele se incorpore cada vez mais a esse aspecto de entretenimento, sem a violência que as torcidas organizadas, às vezes, levam aos ginásios. É processo de médio a longo prazo.
Confira os 15 times participantes do NBB 10:
Flamengo
Com cinco títulos, o clube tenta esquecer a temporada passada, quando caiu nas quartas de final contra o Pinheiros. Como reforços, contratou MJ Rhett, David Cubillán, Pilar e Arthur Pecos. O ala Marquinhos é destaque.
Vasco
Após cair nas oitavas ano passado, contratou Fúlvio, Giovannoni, Gui Deodato, Lucas Mariano, Gustavo, Chris Hayes, Dedé Stefanelli e Renato. O pivô Lucas Mariano é destaque.
Botafogo
Na elite após o título da Liga Ouro, contratou Cameron, Tatum, Átila, Gabriel e Coimbra. O armador Jamaal é destaque.
Vitória
Após cair na semi contra o Paulistano, contratou Murilo, Maique, João Pedro, Nick Okorie e Matt Shaw. O armador Kenny Dawkins é destaque.
Bauru
Atual campeão, contratou Kendall Anthony, Rafael Hettsheimer, Isaac, Duda Machado e Renan Lenz. O ala-armador Alex Garcia é destaque.
Paulistano
Atual vice-campeão, contratou Kyle Fuller, Deryk Ramos, Elinho, Alex Dória, David Nasbitt e Du Sommer. O ala-pivô Lucas Dias é destaque.
Pinheiros
Após cair na semifinal contra o Bauru, contratou Marcus Toledo, Chris Ware, Vitor Machado, Lupa e Arthur Bernardi. O ala-armador Desmond Holloway é destaque
Mogi das Cruzes
Após cair nas quartas contra o Vitória, contratou Patrick Carioca, Wesley Sena e Rafa Moreira. O ala-armador Shamell é destaque.
Franca
Após cair nas quartas contra o Paulistano, contratou o ala Jefferson William, destaque do elenco, Rafael Mineiro, Léo Meindl e Gruber.
Basquete Cearense
Após cair nas oitavas contra o Paulistano, contratou Betinho, Bruno Fiorotto, Paulinho Boracini, João Sá, Eric Laster e Nathan Benjamin. O armador Davi Rossetto é destaque.
Campo Mourão
Após cair nas oitavas contra o Vitórias, contratou Jamail Jones, César Araújo, Márcio Dornelles, Lucas Avelino, Alef, Hélio, Thiago Mathias, Daniel Alemão e Christopher Gradnigo. O ala-armador Greg Brown é destaque.
Caxias do Sul
Após terminar em 15 lugar, contratou Jonathan, Emer, Enzo Cafferatta, Joseph Warren, Alex Oliveira, Alexandre Paranhos, Cauê Verzola, Pedro Mendonça e Cauê Borges. O armador Enzo Cafferatta é destaque.
Joinville
De volta à elite do torneio nacional graças ao vice-campeonato na Liga Ouro, a diretoria contratou Deonta Stocks, Lucão Colimério e Thiagão. O ala Felipe Vezaro é destaque.
Minas
Após terminar em 13º lugar, contratou o armador Gegê, destaque do elenco, Teichmann, Jefferson Campos, Billy Rush, Evan Roquemore, Lelê e Audrei.
Liga Sorocabana
Após terminar em 14 lugar, contratou o armador Dontrell Brite, destaque do elenco, Drudi, Robinho, André Ferros, Kevin Crescenzi e Anton Cook.
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