Isaquias Queiroz crava aposentadoria e fala sobre objetivos para Paris: ‘Quero ser o maior’
Em exclusiva ao LANCE!, Isaquias falou sobre a trajetória na carreira e brincou com status de ídolo do esporte brasileiro
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Isaquias Queiroz é um dos nomes fortes do Brasil para os Jogos Olímpicos. Com quatro medalhas no peito, o canoísta tenta superar Robert Scheidt e se tornar o maior medalhista brasileiro da história do Jogos. Para isso, ele precisará estar em forma e bastante focado em Paris.
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Em exclusiva ao LANCE!, Isaquias comentou sobre os objetivos nas Olimpíadas de Paris, que envolvem se tornar o principal medalhista olímpico do Brasil. Além disso, comentou sobre a aposentadoria, que virá logo após os Jogos de 2024.
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Um possível retorno ao esporte, depois do "detox", também foi tema na entrevista. Ao L!, Isaquias revelou que pode voltar como auxiliar ou treinador da Seleção Brasileira. No entanto, confirmou que precisa de um tempo para pensar e curtir a vida.
- Depois de alguns anos fazendo um "tratamento" pós seleção, talvez eu volte para a canoagem, como auxiliar ou treinador. Primeiro quero curtir minha família, sem dúvida. Conhecimento da parte técnica, nenhum atleta do Brasil tem mais do que eu. Estou sempre procurando melhorar - frisou.
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De férias na Bahia, Isaquias retorna aos treinamentos em setembro, de olho nos próximos desafios na canoagem. Como mencionado pelo próprio atleta do Flamengo, a preparação é toda focada nas Olimpíadas de Paris e no objetivo final.
VEJA OUTROS PONTOS DA ENTREVISTA:
Trajetória e momento mais significativo
- Tive a felicidade de ter um talento para a canoagem, a oportunidade se apresentou e eu agarrei. Vários amigos meus tiveram também, mas por preguiça ou por falta de interesse. Comigo foi diferente. Eu sou do interior da Bahia, saí de lá com 15 anos de idade e nunca mais voltei
- Sair nessa idade, sem conhecer o trabalho direito, é muito difícil. Então ser campeão de tudo que eu fui, conhecer os lugares que conheci é demais, sou muito grato pela minha trajetória, acho que não mudaria nada. Talvez só treinar mais, para ganhar mais medalhas de ouro - brincou.
- Desde cedo eu sabia o que queria. Falando assim parece fácil, mas desde sempre eu sabia, então abandonei tudo para ser campeão mundial e olímpico. Você escolhe uma coisa e outras vão ser prejudicadas, as vezes tem que abrir mão de várias coisas. Não dá pra eu dar tanta atenção para o meu filho, minha esposa, mas é a vida, não tem o que fazer
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Flamengo e oportunidades
- Não é questão de querer ser famoso, mas para mim foi uma questão muito relevante ir para o Flamengo. A torcida acompanha, manda mensagem, joga junto, posta foto sua. Talvez se tivesse em outro clube não tivesse essa visibilidade toda. As vezes o esporte olímpico não é tão valorizado, mas o Flamengo é diferente, acompanha qualquer esporte, isso faz a diferença.
Preparação e principal concorrente em Paris
- O concorrente mais forte que eu vou ter sou eu mesmo, isso vale para todos os atletas de alto nível. Eu tenho muitos anos de seleção e não posso me deixar levar pelo costume em decidir grandes torneios, tem que estar focado. Tirando essa parte mental, eu tenho o romeno (Catalin Chirila) como um grande adversário, muito novo e não ganhou o Mundial por sorte.
- Nossa preparação é sempre com foco na Olimpíada. Se você pegar o ciclo olímpico a partir de 2013, as nossas preparações sempre fazem a diferença. Os adversários vem para ganhar tudo e podem se cansar, eu chego bem mais forte nos Jogos Olimpícos por isso - disse, antes de completar:
- Eu acho que, com a nossa preparação, a gente sempre chega confiante nas Olimpíadas. Nas últimas provas eu estava em alta e falei "essa prova é minha". Tudo que você faz, executa bem, dá uma tranquilidade. Meu foco principal não é o ego, e sim o conhecimento, de si e dos seus adversários - analisou.
Conhecer cidades diferentes
- A gente chega, treina, treina e vai competir. Tem que manter o foco nesses lugares, mesmo que seja maneiro curtir a cidade. Contato fora da Vila, em Tóquio, só quando pedi ao motorista para comprar uma cerveja para comemorar o ouro. No Rio foi diferente, mas quando me reconheceram foi difícil. O treinador vetou.
- Em Paris eu espero não aproveitar no começo, só depois, quando já estiver com a medalha no pescoço. Quero ir na Torre Eiffel lá, passear um pouco, conhecer a cidade de perto. Mas a princípio vai ser foco total.
Reconhecimento e status de ídolo
- Para mim é de boa. Não sou famoso, sou reconhecido pelo meu trabalho. Famoso é ator, jogador de futebol, político. Eu fico muito feliz quando reconhecem meu esforço ao longo da minha trajetória. Quanto mais você ganha, mais feliz fica, eu tento mostrar o máximo. Não fico muito nas redes sociais, porque estou sempre focado.
- Você pode ganhar a medalha de ouro, colocar a bandeira do seu país lá em cima, ter todo esse reconhecimento, isso não tem preço. Eu amo a Bahia, mas estou aprendendo a gostar do Rio de Janeiro também. A galera do Flamengo me deixou muito emocionado depois de Tóquio.
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