Governo divulga investimento de R$ 84 milhões para o Bolsa Atleta
Dos 6.248 atletas contemplados neste edital, 4.248 são de modalidades olímpicas e 1.134 de modalidades paralímpicas que disputam vagas em Tóquio 2020
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Foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial da União a lista dos contemplados pelo programa Bolsa Atleta no edital nº 2/2019. Serão patrocinados neste ciclo 6.248 atletas de todo o país que integram os programas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O investimento total será da ordem de R$ 84,2 milhões.
Dos contemplados neste edital, 4.248 são de modalidades olímpicas e 1.134 de modalidades paralímpicas. Do total, 3.517 são homens e 2.731, mulheres. Cinco categorias estão incluídas na lista e a que mais tem representantes é a Nacional, com 4.286 atletas. Na sequência, aparecem a Internacional (949), a Estudantil (383), a Olímpica/Paralímpica (340) e de Base (290).
Entre os contemplados estão diversos atletas de destaque, como a judoca Sarah Menezes, 29 anos, medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.
- O Bolsa atleta é importante para ajudar nos treinamentos. Tem muitos atletas que usam esse benefício para complementar alimentação, material melhor para a prática esportiva e custeio de viagens. Então esse apoio dá um conforto importante. Eu recebi pela primeira vez aos 15 anos e me ajuda até hoje - diz Sarah.
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O goiano Iranildo Espíndola, do tênis de mesa paralímpico, medalha de bronze por equipe (classes 1 e 2) nos Jogos Rio 2016, também teve seu nome entre os contemplados.
- Eu recebo a Bolsa Atleta desde o início e com certeza sem esse apoio eu não estaria no esporte até hoje. Foi fundamental na questão de treinamento, de aquisição de material e sem isso eu jamais teria chegado onde cheguei - diz Iranildo.
O atletismo é a modalidade com o maior número de contemplados: 862. Depois, aparecem a natação (483), o handebol (316), o tiro esportivo (299) e o tênis de mesa (256). Todos os quatro esportes recém-incluídos no programa dos Jogos Olímpicos também contam com bolsistas: caratê (140), escalada (16), surfe (11) e skate (8). O mesmo ocorre com as modalidades recém-incluídas no programa dos Jogos Paralímpicos: parabadminton (38) e taekwondo (3).
No atletismo, Paulo André vai receber o benefício na categoria internacional. O ano de 2019 foi único na carreira do velocista. Durante a temporada, o jovem de 20 anos conquistou um resultado histórico, quando integrou a equipe que brilhou no Mundial de Revezamento, em Yokohama, no Japão, com ouro no 4 x 100m. Paulo André faturou ainda a medalha de ouro no revezamento 4 x 100m e a prata nos 100m durante os Jogos Pan-Americanos de Lima 2019.
- Essa ajuda é realmente importante. Os recursos me ajudam no transporte, na alimentação, na fisiologia e na fisioterapia. Tudo isso é necessário para o esporte de alto rendimento. Sem falar que tenho de estar em forma em 2020, pois não podemos falhar em nenhum desses itens. Vou usar essa verba na preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 - disse Paulo André.
O Bolsa Atleta é o maior programa de patrocínio direto ao atleta do mundo e apresenta resultados fundamentais para o esporte brasileiro. Desde a criação, em 2005, já foram concedidas mais de 69,5 mil bolsas, para 27 mil atletas de todo o país. O valor destinado pelo programa desde sua implantação supera a marca de R$ 1,2 bilhão.
A importância do Bolsa Atleta pode ser medida nos Jogos Rio 2016. Na edição olímpica, 77% dos 465 atletas convocados para defender o Brasil eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros - a maior campanha da história -, apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas.
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