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Neto exalta dedicação do grupo, mas já mira o desafio da vaga olímpica

Seleção feminina tem como primeira meta se classificar para o Pré-Olímpico das Américas

Basquete feminino Alexandre Loureiro/COB
imagem cameraBrasil voltou a conquistar o ouro no basquete feminino no Pan após quase 30 anos (Foto: Alexandre Loureiro/COB)
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Lance!
Especial para o LANCE!, em Lima (PER)
Dia 11/08/2019
17:30
Atualizado em 11/08/2019
21:46

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Mal tinha acabado de comemorar a conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima no sábado à noite, após bater os Estados Unidos na final por 79 a 73, o técnico da Seleção Brasileira feminina de basquete, José Neto, já começava a mudar o foco para um objetivo ainda mais complicado: conseguir classificar o Brasil para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

A primeira etapa deste desafio será a Copa América, prevista para acontecer em Porto Rico, entre 22 e 29 de setembro. São dez equipes brigando por oito vagas no Pré-Olímpico das Américas. Esta competição está prevista para acontecer em novembro e só classificará quatro seleções do continente para o Pré-Olímpico Mundial, que acontecerá no ano que vem. Serão quatro torneios distribuindo dez vagas em Tóquio-2020, envolvendo equipes de todos os continentes.

Para Neto, embora o Brasil tenha que curtir muito a conquista em Lima, é precisa ter os pés no chão para o que virá pela frente.

– Elas estão de parabéns pelo desempenho que mostraram aqui, foram de uma dedicação impressionante. Mas estamos longe ainda para jogar em um bom nível olímpico. É claro que o caminho encurtou um pouco agora, com esta medalha de ouro. Mas ninguém se classifica para uma Olimpíada atuando num nível médio. Precisamos voltar a jogar em um nível mais elevado e vimos aqui que temos capacidade. Agora, temos que seguir com o trabalho para continuar evoluindo – afirmou o treinador.

Ele tem consciência de que o Brasil está largando em desvantagem em relação aos principais concorrentes.

– No Pré-Olímpico mundial, jogaremos contra times europeus que já tem um trabalho longo, de pelo menos quatro anos. Costumo dizer que é até um pouco injusto. Ninguém faz um ciclo olímpico começando agora. Estamos pensando lá na frente. Mas precisava começar. Não dava para esperar acabar a Olimpíada para dar a largada. Tentaremos fazer o melhor, quem sabe seja o suficiente para que possamos chegar em Tóquio – disse Neto.

A armadora Tainá, cestinha da final com 24 pontos, também ressaltou a confiança do gripo em alcançar o objetivo de conquistar a vaga olímpica.

– Nós queremos as Olimpíadas, não pensamos em outra coisa. É uma caminhada longa para chegar lá, a gente sabe das dificuldades que vamos encontrar – explicou a jogadora, que não deixou de elogiar o técnico Neto.

– Estamos muito gratas ao Neto por estar conosco, pegar esta bucha que era o basquete feminino. Não deve ter sido uma escolha fácil. A gente sabe que temos um peso nas nossas costas, mas o Neto tirou um pouco deste peso. Ele não deixa essa pressão nos abalar e conseguimos jogar de uma forma mais leve – afirmou Tainá.

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