Poliana Okimoto afirma ter dificuldades para financiar carreira
Após bronze olímpico, brasileira sofre com falta de patrocínio e tem futuro indefinido no esporte
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Em entrevista à Folha de S. Paulo, a nadadora Poliana Okimoto, de 33 anos, conquistou o bronze na maratona aquática na Rio-2016. Porém, a vida da atleta não tem sido fácil após as Olimpíadas. Com a perda de patrocínios, como os Correios, a nadadora alega tirar dinheiro do próprio bolso para manter treinamentos.
A primeira maratonista aquática brasileira a conquistar uma medalha olímpica afirma que sua situação financeira se complicou após a Olimpíada brasileira.
- Para falar a verdade, depois da medalha o sentimento foi o contrário de tudo o que eu imaginei. A coisa ficou preta mesmo.
Sem o apoio da estatal, a nadadora viu-se na obrigação de pagar toda a sua equipe: massagista, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, preparador físico e seu treinador e marido, Ricardo Cintra.
- Teria que pagá-los do bolso, mas não consigo. O massagista e a nutricionista têm trabalhado sem receber, de maneira voluntária - contou Poliana.
Com os problemas financeiros, a temporada 2017 ficou comprometida. Okimoto disputará a primeira etapa da Copa do Mundo de maratona aquática, em Viena (fevereiro). Contudo, ela ainda não sabe se terá condições de participar dos próximos eventos.
- Em quase 20 anos de Seleção Brasileira, nunca tive tanto receio. Não sei se vou ter verba para disputar o circuito mundial. Eu fico na expectativa que a situação melhore um pouco. para mim e para o esporte brasileiro. Se eu, com uma medalha, estou assim, imagino para o menino novo que está começando - comentou a atleta.
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