Por que não há mulheres competindo na Fórmula 1?
Após hiato de cinco anos, a britânica Jessica Hawkins se tornou a primeira mulher a pilotar uma carro da F1
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Na história da Fórmula 1, apenas cinco mulheres tiveram a oportunidade de pilotar os carros da categoria em grandes prêmios, e somente uma conseguiu pontuar no campeonato mundial: Lella Lombardi. Além da italiana natural da cidade de Frugarolo, poucas foram as representantes femininas na principal categoria do automobilismo esportivo no mundo.
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AS PIONEIRAS NAS PISTAS
Lombardi estreou na F1 em 1974, com uma Brabham particular, auxiliada pela federação italiana. No ano seguinte, a italiana ficou em sexto lugar no GP da Espanha e marcou meio ponto - já que a prova foi encerrada antes do prazo previsto por conta de um acidente grave, e a pontuação foi reduzida à metade. Apesar de ter abandonado a Fórmula 1 em 1976, Lella Lombardi seguiu competindo em outras categorias.
Mas a pioneira na F1 foi a também italiana Maria Teresa de Filippis, que participou de três provas entre 1958 e 1959 e teve como melhor resultado um 10º lugar do GP da Bélgica de 1958.
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SUCESSORAS
Outras mulheres buscaram seguir os passos das pioneiras, no entanto, não chegaram a disputar etapas. A britânica Susie Wolff (2012), ex-chefe de equipe e diretora executiva da Venturi Racing na Fórmula E, e a americana Sarah Fisher (2022), que competiu pela Indy Series, pilotaram carros em testes das equipes Williams e Mclaren, respectivamente.
Em 2018, foi a vez da colombiana Tatiana Calderón, com a Sauber (atual Alfa Romeo), na pista Hermanos Rodríguez, na Cidade do México. Cinco anos depois, a britânica Jessica Hawkins, ex-piloto da W Series, alternou com o brasileiro Felipe Drugovich na direção de um Aston Martin, em Budapeste, capital da Hungria.
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MULHERES INFERIORES? JAMAIS
Ao falar de categorias femininas, o estigma social mais difundido é que as mulheres são inferiores no aspecto competitivo para a Fórmula 1. No entanto, na intenção de combater essa mentira, a Universidade de Michigan em 2017 realizou uma pesquisa com pilotos de ambos sexos, usando dados da frequência cardíaca, respiratória e temperatura corporal. Os resultados mostraram que mulheres até com dez anos a menos de experiência que os homens, reagiram e responderam tão bem quanto eles.
Com isso, o automobilismo esportivo é uma das poucas modalidades que tem o privilégio de homens e mulheres competirem sem distinção.
CATEGORIAS FEMININAS
Até 2019, o automobilismo era o único esporte que não tinha uma categoria feminina, uma exceção muito criticada pelos fãs da modalidade. Com apoio de diversos membros da comunidade automobilística, como o ex-piloto David Coulthard e o engenheiro Adrian Newey, foi criada a W Series. No intuito de promover as mulheres no esporte a motor, a categoria assumiu a missão de gerar mais inclusão feminina no ambiente da Fórmula 1.
Em 2020, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em conjunto com a Ferrari, criou um programa chamado "Girls On Track- Rising Stars", com o objetivo de desenvolver novos talentos femininos e incluí-los na Ferrari Driver Academy (FDA).
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No entanto, mesmo com o seu estabelecimento recente e a presença constante no calendário da F1, a W Series foi encerrada na temporada de 2022, devido à complicações financeiras. Com este resultado, Jamie Chadwick foi consagrada campeã, mantendo a sua hegemonia na modalidade.
A esperança de retorno em 2023 foi interrompida, após a confirmação que a categoria havia entrado em processo de administração. De acordo com o jornal "Telegraph", dentre os valores devidos, destaca-se uma quantia superior a 1,3 milhão de libras (R$ 8,6 milhões).
Apesar de todos os reveses, o trabalho em prol da presença feminina nas pistas segue na ativa. Com a estreia em 2023 da categoria chamada F1 Academy, tendo como destaque a espanhola Marta García.
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