Presidente da CBAt quer manter pista do Nilton Santos e reforma no Célio de Barros

A Alerj retirou, nesta quarta-feira, a proposta de tombamento da pista de atletismo do Nilton Santos. O contexto é de que o Botafogo teria um acordo para derrubar, caso arque com a reforma do Estádio Célio de Barros. Mas a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) não gostou nada disso. 

Em contato com o LANCE!, o presidente da entidade, Wlamir Campos, detonou a proposta de acordo com o Botafogo. O mandatário afirmou que quer contar com os dois locais, por razões diferentes, mas frisou que a CBAt não pode ser responsável por isso. 

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- A CBAt não está de acordo com esse encaminhamento e não é avalista disso. Não faz sentido escolher entre dois filhos. Queremos a manutenção da pista do Nilton Santos, a única que poderia receber um Mundial, por exemplo, e queremos o Célio de Barros para o treinamento do dia a dia, Estadual e para receber projetos de formação e sociais. Somos contrários a isso que está colocado. Pode até ser feito, mas a CBAt não é avalista disso - disse. 

Como maneira de se aproximar de um acordo, o Botafogo também prometeu reabrir a pista externa do Nilton Santos, que estava fechada para treinamentos. O presidente da Alerj, André Ceciliano, também prometeu que o pleito pode ajudar o Botafogo a arcar com os custos da reforma do Célio de Barros. 

Agora, o projeto de lei será discutindo em duas audiências. Elas reunirão, inclusive, outras esferas públicas, como a Secretaria de Estado, Assembleia Legislativa e Câmara Municipal. A primeira está marcada para o dia 14 de setembro. 

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ENTENDA O CASO

O imbróglio entre Botafogo, Prefeitura do Rio e CBAt começou quando John Textor expressou, ao prefeito Eduardo Paes, a vontade de retirar a pista de atletismo do Nilton Santos. O objetivo do dono do Alvinegro é transformar o estádio com arquibancadas móveis, mais próximas do campo. 

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A proposta, claro, não pegou bem com a Confederação de Atletismo, que defende a única pista apta a receber eventos de escala mundial no Brasil. Mesmo com as pedidas e vontades, no entanto, a CBAt está perdendo o cabo de guerra e pode ficar apenas com o Célio de Barros para futuras competições.