Rogério Sampaio comemora 30 anos do ouro em Barcelona e destaca liderança no COB
Ex-judoca é diretor geral do Comitê Olímpico do Brasil e detalhou os avanços da entidade
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Rogério Sampaio já tem o nome marcado na história do esporte olímpico brasileiro. Em 1992, o ex-judoca conquistou a medalha de ouro nos Jogos de Barcelona, a última das Américas no judô masculino. 30 anos depois, o atual diretor geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB) relembra a conquista com muito carinho.
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- Essa vitória foi muito significativa para mim, porque trouxe reconhecimento profissional e abriu portas antes inimagináveis. Ela também foi um divisor de águas no esporte olímpico de Santos, minha terra natal, porque serviu de inspiração para crianças e jovens, que começaram a acreditar no sonho de ser um atleta olímpico e de conquistar uma medalha. A gente sabe que o esporte, com os seus valores, tem essa capacidade de transformação na sociedade - disse.
De olho nas melhorias obtidas no esporte brasileiro desde a conquista do ouro em 1992, Sampaio traçou um comparativo entre as condições das duas épocas. Para o diretor geral, a modernização do COB faz toda a diferença para os triunfos desta geração.
- A década de 90 foi o final de uma época romântica no esporte, na qual as pessoas se dedicavam sem ter nenhum reconhecimento e nenhuma facilidade. A estrutura de treinamento era muito simples, havia poucos profissionais qualificados para nos auxiliar. Atletas, treinadores e dirigentes se dedicavam por paixão, e nós conseguimos algumas conquistas pelo amor ao que fazíamos - frisou, antes de prosseguir:
- Temos estrutura e profissionais espetaculares, possibilidade de fazer intercâmbio, alto nível das competições e dos eventos. Também foram criadas iniciativas que são facilitadoras e muito benéficas, como o Programa Bolsa Atleta e Bolsa Pódio, além de bolsas de estudo, que permitem uma formação completa, extrapolando as fronteiras do esporte - analisou.
Apesar da modernização ter trazido mais condições aos atletas, ela também puxou maior cobrança nos resultados. No entanto, os Jogos Olímpicos de Tóquio, e outros eventos importantes, foram considerados triunfos para o esporte brasileiro.
Rogério ainda destacou a humildade como o principal ponto do esporte. Com a mira cravada nas Olimpíadas de Paris, o ex-judoca deu força aos atletas brasileiros e falou com alegria sobre a carreira no judô.
- O cargo que ocupo hoje precisa de algumas habilidades, e dentre elas destaco a vivência como atleta, como treinador, e o bom senso, quem vem com a idade. A prática do esporte nos ensina a sermos humildes constantemente e essa humildade me faz chegar no COB diariamente com sede de aprendizado. Eu deixei de ser competidor, mas as características e os princípios de atleta carregarei comigo até o último dia da minha vida - finalizou.
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