São Silvestre: altitude e apoio mental são apostas dos brasileiros em 2025
Brasil não ganha a prova desde 2010, quando Marílson dos Santos venceu
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A Corrida Internacional de São Silvestre de 2024 reafirmou o domínio africano na mais tradicional prova de rua do Brasil. No masculino, Wilson Too e, no feminino, Agnes Keino, ambos do Quênia, levaram o primeiro lugar. Apesar disso, os brasileiros demonstraram evoluções significativas, com Núbia de Oliveira conquistando o terceiro lugar e Johnatas Cruz alcançando a quarta posição. A última vitória nacional foi de Marilson Gomes dos Santos em 2010 e de Lucélia Peres em 2006. Com 2025 no horizonte, os principais atletas do país já traçam planos para finalmente quebrar essa hegemonia.
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Johnatas Cruz destacou a importância de uma preparação individualizada para enfrentar os desafios da São Silvestre.
— Esse ano, mostramos que estamos mais próximos de quebrar essa hegemonia. O treinamento é individual, não existe uma fórmula única. Planejo intensificar os treinos três meses antes da próxima edição e, se possível, incluir treinamento em altitude — disse o atleta, que avançou de sexto colocado em 2023 para quarto em 2024.
Além disso, a pressão psicológica sobre os atletas nacionais é enorme, o que muitas vezes compromete o desempenho. No entanto, com estratégias mais eficazes e maior apoio à preparação mental e física, os brasileiros acreditam que estão cada vez mais próximos de retomar o topo.
— Hoje, o atleta é muito exigido física e mentalmente. Por isso, temos contado com o apoio de psicólogos esportivos para lidar com cobranças e manter o foco. Para vencer, é preciso estar equilibrado em todos os aspectos: físico, mental e espiritual.
O Brasil enfrenta um longo jejum de vitórias na São Silvestre, em parte devido ao domínio dos corredores africanos, conhecidos por sua superioridade em provas de fundo. Treinos em altitude, que melhoram a resistência, e uma infraestrutura esportiva mais desenvolvida em países como o Quênia e a Etipóia, colocam os brasileiros em desvantagem.
Tatiane Raquel da Silva, quinta colocada em 2024, também planeja intensificar a preparação.
— Este ano foi uma preparação para o ano que vem, para São Silvestre, eu acho que eu vou aumentar um pouquinho os meses aí para a gente chegar e melhorar esse pódio, né? Quem sabe a gente consiga ganhar — afirmou.
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A brasileira mais bem colocada em 2024, Núbia de Oliveira, destacou a importância de continuar trabalhando para superar os adversários estrangeiros.
— A gente vai fazer uma preparação mais específica e vamos chegar ainda mais forte. Eu tenho certeza que eu vou chegar mais forte ainda. Os estrangeiros são muito fortes. Mas eu acredito sim que com o trabalho que a gente tem, a gente pode chegar lá. É continuar o trabalho, treinando bastante, que a gente pode, sim, alcançar. Não vai ser fácil. Nunca vai ser. Não é fácil nada na nossa vida. Mas eu acredito que isso vai ser possível sim — disse Núbia, confiante que vai melhorar sua posição no pódio da São Silvestre.
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