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Sky Brown domina e avança para final do STU Open Rio; brasileiras também disputam o título

Porto-riquenho Steven Pinero avança para final com melhor nota entre os homens, mas Praça Duó presencia momentos marcantes de brasileiros

Sky Brown - STU Open Rio
imagem cameraBritânica teve a melhor nota entre as mulheres (Foto: Pablo Vaz)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 08/10/2022
20:13
Atualizado em 08/10/2022
20:48

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O que o bowl da Praça Duó, na Barra da Tijuca, contou neste sábado daria um roteiro de um belo filme de ação e superação, baseado em fatos reais, e até mesmo um livro que figuraria como bestseller por um longo tempo. Pelas semifinais da modalidade Park do STU Open Rio, seja no feminino ou no masculino, o que se viu foi um enredo pouco visto na história do esporte, em que quedas, dores e lágrimas se transformaram em sorrisos e vibração de uma forma única e emocionante. Por que não um aperitivo para as finais deste domingo?

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Primeiro, as semifinais das meninas. Apesar de ter terminado com um leve domínio das skatistas estrangeiras, com cinco delas entre as oito classificadas para a grande final, foram duas brasileiras que passaram por momentos de dificuldade, apreensão e glória.

Na primeira das duas baterias, Raicca Ventura, atual campeã brasileira, que prima por um skate agressivo e muito técnico, acabou não conseguindo encaixar boas voltas e ficou apenas com a quarta melhor nota. O choro a derrubou, ficou inconsolável. Dependeria da segunda bateria.

Momento em que entra a história de outra brasileira, Isadora Pacheco, uma das representantes do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Uma queda na terceira de suas quatro voltas também a levou às lágrimas. A competição teve que ficar parada por alguns minutos a mais para que fosse atendida.

Isadora Pacheco - STU Open Rio
Isadora Pacheco classificou para a final (Foto: Pablo Vaz/STU)

Seria capaz de voltar, dar a volta por cima e ainda pegar uma das oito vagas para a final? Foi o que fez. No fim, última volta perfeita, que lhe garantiu justamente a oitava vaga. E quanto à Raicca? Mesmo diante de sua decepção, sua nota a fez passar em sétimo.

- Fiquei decepcionada, porque errei o que vinha acertando no treino. Achava que não fosse passar, pelo nível alto que viria na segunda bateria. Acabou que deu certo e ainda passei com a sétima melhor nota. Agora, começa tudo do zero na final e vou buscar chegar o mais próximo da perfeição - desabafou Raicca, que tinha a amiga Isadora ao seu lado explicando o que aconteceu na queda:

- Fui finalizar o disaster (uma manobra) e acabei caindo. Bati com o cóccix e com o cotovelo. Até chorei um pouco e, quando vi, já tinha o atendimento médico dentro da pista querendo me tirar de maca. Disse que não, era só uma dorzinha (risos). Mas tinha que voltar focada para a última volta para ainda me garantir na final. Graças a Deus, deu tudo certo - disse, admitindo que Sky Brown, da Grã-Bretanha, e Sakura Yosozumi, do Japão, estão num nível muito alto de skate.

Ela fez esse comentário porque foram justamente as duas, medalhistas de bronze e ouro na Olimpíada de Tóquio, respectivamente, que tiraram as maiores notas nas semifinais. Sky, aliás, foi a única a superar a casa dos 60 pontos, com a nota 61,33 - Sakura fez 56,13. A melhor brasileira dentre as classificadas para a final foi Dora Varella, outra skatista que representou o Brasil no Japão, que terminou com a quinta maior nota (47,00).

- É muito legal estar aqui no Brasil e andar com as brasileiras. São todas amigas. O ambiente aqui é muito alto-astral. Fiquei satisfeita com meu resultado e espero dar boas voltas na final também", disse uma simpática e sempre bem-humorada Sky, que ainda confirmou ter o sonho de disputar numa mesma Olimpíada o Skate e o Surfe, este seu primeiro grande amor no esporte por influência do pai.

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Luizinho e André Mariano - STU Open Rio
Luizinho ficou com a vaga do irmão, André Mariano, que se lesionou (Foto: Tauana Sofia/STU)

Terminada a semifinal feminina, entra em cena a masculina, num nível ainda mais alto. Já na terceira e última volta de cada skatista, o brasileiro André Mariano, o Minhoca, acabou caindo de mau jeito e teve uma luxação séria no ombro esquerdo, que acabou deslocado. Muita dor, lágrimas e apreensão. O local foi logo imobilizado, e ele ainda teria que sair dali para fazer uma radiografia. Até ali, o cenário de classificação é o que dava uma dramaticidade a mais ao que acabara de acontecer.

Minhoca tinha a oitava melhor nota, o que o garantiria na final. Só que, pela lesão, já era certo que não conseguiria estar nela. Se terminasse assim, a final só contaria com sete skatistas. E adivinha só quem acabou ficando justamente com a “sua vaga”? Exatamente: o irmão Luiz Francisco.

Assim como nas quartas de final, Luizinho ligou o “modo emoção” no mais alto grau e deixou tudo para a última hora. Antes de entrar na pista para a última volta, apontou para o irmão e disse que acertaria por ele. Que volta! E a vaga na final garantida.

- Quando vi o que aconteceu com ele, aquilo mexeu comigo, claro. Além de irmãos, somos muito amigos, muito colados mesmo. Ele mal poderia voltar para dar a última volta dele, nem sequer disputar a final. Ele virou pra mim e disse: ‘vai lá e faz essa por mim, você merece, essa é sua!’. Imagina como eu entrei na pista, né! Vinha errando umas manobras e aquela era minha última chance. Apontei pra ele e fui. Fiz por mim e por ele. E deu tudo certo. Não tinha como não deixar a pista e correr para o abraço com ele”, relatou Luizinho.

A maior nota da semifinal foi do porto-riquenho Steven Pinero, que cravou um 78,67. O americano Tate Carew (76,90) e os australianos Kieran Wooley (75,83) e Keegan Palmer (75,50), este medalhista de ouro em Tóquio, vieram na sequência com as melhores voltas. O melhor brasileiro na semifinal foi Pedro Barros, prata na Olimpíada, que fez a quinta melhor nota (75,13). As finais deste domingo passam ao vivo no SporTV e na cota oficial do STU no TikTok, a partir das

O STU Open Rio é apresentado pelo banco BV e patrocinado pela Monster Energy e pela OI. Tem o TikTok como Media Partner e a Tiger como cerveja oficial do evento. Windsor e LSH by Own são os hotéis oficiais. É homologado pela CBSk, tem apoio do Canal Off e da Drop Dead e apoio institucional da Subprefeitura da Barra da Tijuca e do Comitê Olímpico do Brasil.

RESULTADO PARK FEMININO
(as 8 classificadas para a final)
1 – Sky Brown (GBR) – 61,33
2 – Sakura Yosozumi (JAP) – 56,13
3 – Minna Stess (EUA) – 49,83
4 – Naia Laso (ESP) – 48,67
5 – Dora Varella (BRA) – 47,00
6 – Louise-Aina Taboulet (FRA) – 45,00
7 – Raicca Ventura (BRA) – 42,67
8 – Isadora Pacheco (BRA) – 42,13

RESULTADO PARK MASCULINO
(os 8 classificados para a final)
1 – Steven Pinero (PUR) – 78,67
2 – Tate Carew (EUA) – 76,90
3 – Kieran Wooley (AUS) – 75,83
4 – Keegan Palmer (AUS) – 75,50
5 – Pedro Barros (BRA) – 75,13
6 – Murilo Peres (BRA) – 74,00
7 – Luiz Francisco (BRA) – 73,50
8 – Gavin Bottger (EUA) – 73,00

PROGRAMAÇÃO:
09/10 (domingo)
12h às 12h45 – Treinos livres Park feminino
12h45 às 13h30 – Treinos livres Park masculino
13h50 às 14h50 – Final Park feminino (ao vivo no SporTV3 e no TikTok)
15h às 16h – Final Park masculino (ao vivo no SporTV3 e no TikTok)
16h às 16h30 – Cerimônia de premiação

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