Vento forte marca primeiro dia de regatas da Copa Brasil de Vela
Competição reúne classes Pan-Americanas, Olímpicas e convidadas até o próximo domingo<br>
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A corrida olímpica para Paris-2024 começou com água gelada e vento frio em uma das raias mais tradicionais do Brasil, que é Ilhabela (SP). A nona edição da Copa Brasil de Vela teve seu primeiro tiro de largada na tarde desta quarta-feira (13) na Escola de Vela Lars Grael, litoral norte de São Paulo.
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A competição, que reúne quase 200 atletas, teve disputas nas classes ILCA 7 (Masc.), ILCA 6 (Fem.), ILCA 6 (Masc.), 470 (Misto), 49er, Snipe (misto), Hobie Cat 16, Star, 420 (Aberto e Fem.), 29er (Masc e Fem), ILCA 4.7, HC 16 com balão (Misto), Dingue, e Bic Techno 293+ (Masc e Fem).
A competição, organizada e chancelada pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), conta também com as classes Windsurf Formula Foil, Formula Kite, iQFoil, Nacra 17 (Misto) e Finn, que terão suas primeiras regatas nesta quinta-feira.
A Copa Brasil de Vela foi disputada pela primeira vez em 2013 e teve grande adesão de atletas logo de cara, inclusive com velejadores estrangeiros. O evento faz parte do Plano de Alto Rendimento (PAR) da CBVela, que analisa os resultados e desempenhos dos velejadores em competições, que podem ser convocados para treinamentos e participação em outros campeonatos nacionais e internacionais.
O evento será classificatório para o Mundial da Juventude que ocorre em Omã, além de somar pontos para os Jogos Pan-Americanos de Santiago de 2023 e também para os Jogos Olímpicos de Paris em 2024. Por isso, grandes nomes da modalidade participam das provas.
A Copa Brasil de Vela Jovem é realizada ao mesmo tempo e conta com a participação das classes: Bic Techno 293+, Laser Radial, 420, 29er e HC 16 com Balão. O evento também tem apoio do Comitê Brasileiro de Clubes sendo um CBI - Campeonato Brasileiro Interclubes.
A organização aproveitou o vento favorável no Canal de São Sebastião para a realização do máximo de regatas possível para todas as classes. Na maioria das categorias foram realizadas três regatas com intensidade forte, de 90º de direção.
O objetivo da CBVela é que os velejadores curtam a experiência e se desenvolvam ainda mais em suas respectivas classes.
- Tenho certeza que todos saíram satisfeitos da água - comentou Cuca Sodré, coordenador de provas.
A previsão para esta quinta-feira é que o vento esteja com menor intensidade, mas ainda favorável para a realização das regatas.
- Amanhã a gente ainda tem um vento legal, mais fraco um pouco, depois temos um dia ou dois em dúvida, mas a previsão é que não teremos chuva, com vento mais médio, com menos correnteza, com mar com onda menos picado, mas acredito que amanhã iremos mais para o lado norte do canal - completou Cuca Sodré.
Os primos Marco e Nick Grael do 49er ficaram em segundo no resultado parcial depois de três regatas realizadas na classe. Eles são filhos de Torben e Lars, respectivamente, e contam com histórico de sucesso assim como seus pais.
- O vento hoje era leste e a nossa raia foi a mais perto de São Sebastião. Fizemos um quarto, segundo, primeiro nas regatas. A flotilha está muito legal, muito parecida. A disputa vai ser muito boa, o nível da galera está muito bom - comentou Nick Grael, filho de Lars Grael.
Na corrida pela vaga no Mundial da Juventude, os três primeiros da classe ILCA 6 Radial masculino, Felipe Fraquelli, Mathias Reimer e Pedro Madureira se destacam e prometem uma disputa acirrada até domingo (17). Pedro Madureira começou melhor, com 4 pontos, seguido por Mathias Reimer (7) e Felipe (7).
O 470 conta com grandes nomes do esporte brasileiro e as regatas são realizadas nos moldes de Paris-2024, com duplas mistas. Ana Barbachan, atleta olímpica de três edições está na briga junto com a campeã mundial feminina de Snipe e medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, Juliana Duque, que começou liderando o resultado parcial da classe com seu marido, Rafael Martins.
A Copa Brasil de Vela foi disputada pela primeira vez em 2013. Ela foi criada para servir de preparação aos velejadores visando o ciclo olímpico dos Jogos do Rio 2016. Com grande adesão de atletas, inclusive velejadores estrangeiros, a competição se firmou e hoje é a mais importante da vela brasileira de barcos monotipos.
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