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Verstappen vê Red Bull dar aula de estratégia e vence GP da Espanha; Norris é 2º

Lewis Hamilton completou o pódio

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imagem cameraVerstappen comemorando com a equipe em Barcelona, na Espanha (Foto: Josep LAGO / AFP)
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Grande Premio
Barcelona (ESP)
Dia 23/06/2024
12:08
Atualizado em 23/06/2024
12:44

  • Matéria
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Max Verstappen mais uma vez foi impecável na temporada 2024 da Fórmula 1, mas a vitória no GP da Espanha deste domingo teve também protagonismo da Red Bull graças às decisões certeiras de pista que impediram o ataque de Lando Norris na parte final. O neerlandês apenas teve de cuidar dos pneus para cruzar a linha de chegada com mais de 2s à frente do britânico da McLaren.

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Em uma corrida tática, mas uma vez a Red Bull mostrou por que é a melhor do grid no assunto. Com um jogo de macios novos especialmente guardados para Verstappen na parte final, foi preciso apenas fazer o dever de casa assim que o neerlandês assumiu a ponta, na volta 3. Dali em diante, como sempre, Max ditou o ritmo e fez como bem entendeu.

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A McLaren, em contrapartida, apostou em um stint inicial mais longo com os macios, porém a decisão de não marcar Verstappen na primeira parada deu no mesmo no instante em que a equipe chamou Norris para a segunda parada na mesma janela do #1 da Red Bull. No fim, Lando ainda deu o máximo para buscar Max na pista, porém o líder do campeonato só precisou administrar a vantagem em torno de 5s até a bandeirada.

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Lewis Hamilton sobreviveu e levou a Mercedes ao pódio — que mais uma vez comprometeu a ótima corrida de George Russell ao calçá-lo com os pneus duros para o terço final do GP, a única borracha que restou para o britânico.

Em estratégias também diferentes, Charles Leclerc e Carlos Sainz terminaram nas mesmas posições de largada. Oscar Piastri foi sétimo colocado, com Sergio Pérez, Pierre Gasly e Esteban Ocon fechando a zona de pontuação.

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(Foto: Thomas COEX / AFP)

Confira como foi a corrida da F1 em Barcelona:

Com 24°C de temperatura ambiente, 42°C de asfalto e 64% de umidade relativa do ar, todos os que alinharam para o GP da Espanha — exceção de Alexander Albon, que partiu do pit-lane com os médios — colocaram os pneus macios para o primeiro stint — a estratégia indicada pela Pirelli, que projetara duas paradas para a corrida com a possibilidade de trechos intermediários com médios ou duros.

Os pneus, na verdade, teriam um papel importante, principalmente levando em conta que Verstappen, Norris e os carros da Ferrari pouparam um jogo novo dos compostos de faixa vermelha para a corrida, enquanto a Mercedes teria de se virar com a borracha usada. De positivo, a chance mínima de chuva, possibilitando uma leitura mais precisa do desenrolar da prova.

Luzes apagadas, e enquanto Norris se preocupava em fechar o espaço de Verstappen para não permitir a ultrapassagem já na curva 1, Russell surgiu como um foguete pelo lado de fora e engoliu os dois, assumindo a primeira colocação. E o susto foi tanto que o #4 da McLaren caiu para terceiro.

Hamilton, o outro surpreendido pela manobra de Russell, ficou em quarto, enquanto as Ferrari de Sainz e Leclerc mantinham as respectivas posições, assim como Gasly, em sétimo. Piastri, em contrapartida, ganhou um posto, enquanto Ocon caía para nono. Hülkenberg fechava o primeiro top-10 da corrida. Depois, o replay recuperou momento em que Alonso, em décimo no grid, escapou logo após a largada, caindo para 12º.

Na volta 3, assim que o DRS foi liberado, Verstappen acabou com a alegria da Mercedes e pegou a liderança na curva 1. Atrás, era a vez de Sainz superar Leclerc e pular para o quinto lugar, porém o monegasco não deixou o companheiro de Ferrari abrir.

Enquanto isso, na volta 10, Verstappen já levava mais de 2s para Russell, 1s à frente de Norris. Na briga pelo sétimo, Piastri colava na traseira de Gasly, tentando de todas as formas não perder tanto tempo atrás do carro da Alpine. Só que o francês sustentava bem a posição, chegando a abrir quase 1s de vantagem.

No mesmo giro, a primeira janela de pits foi aberta por Guanyu Zhou e Yuki Tsunoda. Kevin Magnussen veio em seguida, todos colocando compostos médios — paradas, entretanto, um pouco prematuras, visto que a previsão da Pirelli era para as trocas começarem em torno do giro 19.

Volta 13, e a transmissão recuperou ultrapassagem de Pérez sobre Hülkenberg válida pelo décimo lugar. Na sequência, os dois foram aos pits, porém a Red Bull calçou o mexicano com pneus macios já usados, enquanto a Haas devolveu o alemão à pista de médios.

Volta 14, Gasly foi chamado para os boxes, porém a troca da Alpine foi um desastre, tanto que o #10 voltou atrás de Ocon. No giro seguinte, Russell e Sainz também entraram, mas a Mercedes se embananou na troca do traseiro direito do carro #63. O vacilo fez Sainz colar ainda no pit-lane no carro prateado.

Hamilton fez a troca no giro 16 em 2s3, voltando em nono, atrás de Alonso, mas logo deixou o veterano espanhol para trás. Só que a chamada antecipada de Sainz o fez ter de brigar na pista pela virtual quarta posição.

Verstappen, então, efetuou uma troca absurda, em 1s9, e voltou atrás apenas de Piastri, Leclerc e Norris, todos ainda sem paradas. Em seguida, Hamilton aproveitou o DRS no retão e efetuou belíssima ultrapassagem ao dividir a curva 1 com o carro #55. Só que teve toque, e a direção de prova anotou o lance, considerado lance de corrida depois.

No final do giro 21, Piastri foi para a primeira parada — ruim, em 3s, devolvendo o australiano atrás de Hülkenberg. Enquanto isso, Norris completava mais um giro, entrando para a troca apenas no final do 23. Mas a estratégia de esticar o primeiro stint não foi das melhores de início, pois Lando ainda retornou atrás de Hamilton e Sainz, tendo de remar para voltar ao top-3.

Por fim, Leclerc entrou no final da volta 24, e foi outra parada ruim na corrida, em 3s. O monegasco, de médios, retornou em sétimo. Posições restabelecidas, Verstappen, Russell, Hamilton, Sainz, Norris, Leclerc, Gasly, Ocon, Pérez e Piastri formavam o top-10.

Na volta 26, Norris iniciou a recuperação e passou Sainz, assumindo o quarto posto. Em seguida, foi a vez de Piastri, com pneus médios, tomar a linha de dentro para disputar com sucesso a freada da curva 1 contra Pérez, calçado com os macios. Volta 32, e Lando enfim se livrou do W15 de Hamilton, tendo agora à frente George para ter pista livre e buscar Verstappen, já a mais de 8s na ponta.

Na abertura da volta 36, Norris abriu a asa móvel, só que Russell deu o lado de fora. O carro laranja, então, alinhou lado a lado e dividiu as curvas seguintes com o prateado até chegar na seis, quando enfim colocou-se à frente e levou a segunda colocação.

Apesar do ritmo bem melhor da McLaren, o pega foi mais uma deixa para a segunda parada, e a Mercedes logo tratou de chamar Russell para nova troca. A Ferrari fez o mesmo com Sainz, e chamou atenção a escolha de ambas em devolver os pilotos com os pneus duros.

Pouco antes, Verstappen relatara ao time insatisfação com a performance do jogo de pneus, e isso passou a ser visto na prática no momento em que Norris começou a ser cerca de 0s5 mais rápido por volta. A distância que era de 9s no momento da ultrapassagem de Lando sobre Russell caiu para 6s2 em cinco voltas.

No final da volta 43, Hamilton fez mais uma troca e pôs os macios. Na pista, Russell ‘sambava’ com a falta de aderência dos duros, sendo facilmente ultrapassagem por Piastri.

A chamada de Verstappen veio em seguida, quando a distância para Norris já era em 4s4. Como esperado, a Red Bull usou o jogo de macios novos guardado para o trecho final da prova. A parada precisa fez Max voltar em terceiro, a 17s de Norris. “Verstappen foi para os pits, esta é a nossa chance”, avisou a McLaren pelo rádio.

Era, portanto, o momento de acelerar o máximo possível, só que Verstappen precisou apenas de uma volta para já diminuir a lacuna para 16s — e reduzindo cada vez mais, a ponto de Norris, ao retornar depois de uma troca de 3s6, quase perder posição ainda para Russell na saída dos boxes.

Mais uma vez posições restabelecidas, Norris surgia a 8s de Max, porém bem mais rápido, tirando 2s de diferença em poucos giros. Com a volta mais rápida na conta, a vantagem de Verstappen caiu para 5s7. “Pode acelerar agora, Max, Norris não está economizando”, avisou Gianpiero Lambiase. Era a confirmação de que, naquele instante, Verstappen apenas poupava a borracha para neutralizar qualquer tentativa de ataque de Lando.

F1 2024, GP da Espanha, Barcelona, Resultado Final:

1 M VERSTAPPEN Red Bull RBPT Honda 66 voltas
2 L NORRIS McLaren Mercedes + 2.219
3 L HAMILTON Mercedes + 17.790
4 G RUSSELL Mercedes + 22.320
5 C LECLERC Ferrari + 22.709
6 C SAINZ Ferrari + 31.028
7 O PIASTRI McLaren Mercedes + 33.760
8 S PÉREZ Red Bull RBPT Honda + 59.524
9 P GASLY Alpine + 1:02.025
10 E OCON Alpine + 1:11.889
11 N HÜLKENBERG Haas Ferrari + 1:19.215
12 F ALONSO Aston Martin Mercedes + 1 volta
13 G ZHOU Sauber Ferrari + 1 volta
14 L STROLL Aston Martin Mercedes + 1 volta
15 D RICCIARDO RB Honda + 1 volta
16 V BOTTAS Sauber Ferrari + 1 volta
17 K MAGNUSSEN Haas Ferrari + 1 volta
18 A ALBON Williams Mercedes + 1 volta
19 Y TSUNODA RB Honda + 1 volta
20 L SARGEANT Williams Mercedes + 2 voltas

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