O que temos de futebol nessa quarentena é saudade. Sem bola rolando no Brasil e em praticamente todo o mundo, por causa da pandemia de coronavírus, o que nos resta é recordar de grandes momentos do esporte e de jogadores memoráveis. E os números nos ajudam a viajar no tempo para relembrar alguns destes craques.
Na última segunda-feira, dia 13 de abril, Roberto Dinamite completou 66 anos de idade. O ídolo vascaíno é o maior artilheiro da historia do Campeonato Brasileiro, que ainda não tem data para começar em 2020. São 190 gols, 36 a mais que Romário, o segundo na lista. O Baixinho, por sua vez, tem um a mais que Edmundo, seu antigo parceiro e também desafeto.
Em homenagem ao ex-atacante e a todos os grandes goleadores do Brasileirão, o Números da Bola decidiu montar uma seleção com os principais artilheiros de cada posição, levando em conta os gols marcados entre 1971 e 2019. Confira como ficaria esse timaço:
GOLEIRO: Rogério Ceni
Atual técnico do Fortaleza, Rogério Ceni é o goleiro com mais gols na história do Campeonato Brasileiro. Foram 65 gols em 575 jogos vestindo a camisa do São Paulo na competição entre 1993 e 2015.
LATERAL-DIREITO: Nelinho
ídolo de Cruzeiro e Atlético Mineiro - um feito para poucos -, Nelinho é o lateral com mais gols na história do Brasileirão. Dono de um potente e preciso chute de direita, marcou 47 gols em 193 partidas na competição nacional entre 1973 e 1986.
LATERAL-ESQUERDO: Juan
Cria das divisões de base do São Paulo, Juan foi vendido ainda muito jovem para o Arsenal, da Inglaterra. Sua estreia no Brasileirão aconteceria apenas em 2004, quando foi contratado pelo Fluminense. A partir daí foram 14 edições de Série A, vestindo também as camisas de Flamengo, Santos, Vitória, Coritiba, Goiás e Avaí, além de nova passagem pelo Morumbi. Nesse período, Juan marcou 30 gols em 352 jogos de Brasileiro.
ZAGUEIROS: Réver e Leonardo Silva
Dupla de zaga histórica do Atlético Mineiro, tendo conquistado a Libertadores de 2013, Réver e Leonardo Silva - que também defenderam o Galo no ano passado - são os zagueiros com mais gols no Campeonato Brasileiro. São 33 tentos de Léo, recém-aposentado, contra 32 de seu ex-companheiro, que pode superá-lo em 2020.
MEIAS: Diego Souza, Paulo Baier e Zico
No 4-3-3 montado aqui pelo Números da Bola, um dos destaque é a polivalência. É cada vez mais comum, principalmente nos meias, a capacidade de fazer mais de uma função em campo. Um bom exemplo disso é o próprio Diego Souza. Um dos maiores artilheiros da história do Brasileirão com 107 gols, Diego iniciou a carreira como 1º volante, no Fluminense, virou segundo homem no Flamengo e seguiu avançando ao longo da carreira.
Já Paulo Baier, que estufou as redes 109 vezes, surgiu como lateral-direito no Criciúma, posição que manteve em suas passagens por Atlético-MG, Botafogo, Vasco e América-MG, antes de brilhar como meia - ora mais avançado, ora recuado - com as camisas de Criciúma, novamente, Goiás, Palmeiras, Athletico, Sport e Juventude.
A exceção no meio-campo é Zico. Camisa 10 clássico, o Galinho sempre se notabilizou pela capacidade de criar e concluir. Um perigo constante no setor ofensivo. O ídolo rubro-negro é o 5º maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro com 135 gols, todos pelo Flamengo.
ATACANTES: Edmundo, Romário e Roberto Dinamite
O trio de ataque fica por conta da base vascaína. Roberto Dinamite, maior artilheiro da história do Brasileiro com 190 gols, Romário, com 154, e Edmundo, com 153, foram revelados pelo Vasco.
Os três não chegaram a atuar juntos, mas foi possível ver algumas duplas formadas. Quando o Baixinho estreou, em 85, Roberto já era um ídolo consolidado do time de São Januário. Por quatro temporadas disputaram a artilharia internamente.
Dinamite se aposentou em 93, um ano após Edmundo estrear no ataque vascaíno. Tempo suficiente para disputarem algumas partidas lado a lado e conquistarem o Carioca de 92.
Romário e Edmundo, apesar da relação de amor e ódio, também chegariam a jogar juntos algumas vezes. Os dois formaram dupla de ataque na Seleção Brasileira em alguns jogos nos anos 90, além de períodos curtos no Flamengo, em 95, no próprio Vasco, em 2000, e no Fluminense, em 2004.