Abel Ferreira elogia força do elenco do Palmeiras e valoriza título: ‘Fomos melhores’

Treinador do Palmeiras analisou a vitória sobre o Flamengo, que rendeu seu sétimo título no clube

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O Palmeiras se sagrou campeão da Supercopa do Brasil neste sábado, com vitória por 4 a 3 sobre o Flamengo, no Mané Garrincha, em Brasília. Após a partida, o técnico Abel Ferreira exaltou a entrega e espírito do elenco, além de analisar o duelo como um todo. Para o treinador, o Verdão foi mais coeso e soube aproveitar melhor os espaços na decisão. 

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- Não é o meu sétimo titulo, é nosso, não fiz gol nenhum. Na minha opinião, foi um dos melhores jogos desde que estou na América do Sul. Dois elencos muito qualificados, os dois jogando para ganhar. Fomos melhores na primeira etapa, sofremos um gol contra a corrente, mas mostramos força mental muito grande. Foi um ambiente espetacular, que parabenizar minha equipe. Há dois anos tínhamos perdido uma Supercopa aqui, então viemos resgatar isso - disse. 

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O português não poupou elogios ao elenco palmeirense que, mais uma vez, se superou para conquistar títulos. Abel falou do orgulho que sentirá no futuro quando relembrar os tempos em que era treinador do Palmeiras. 

- Quando um dos meus netos me perguntar isso eu vou gostar de dizer que tenho um orgulho imenso em ser treinador desses jogadores. O nível de compromisso, de comprometimento, é diferente. É difícil explicar em palavras, eu sinto que eles querem ser melhores a cada dia. Eles incorporam aquilo que é o hino do clube. É tudo que desejo, aquilo que fui como jogador. Além da atitude fortíssima, vai muito além disso. Obrigado aos meus jogadores - finalizou. 

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O Alviverde volta a campo nesta quarta-feira, às 21h35 (de Brasília), para enfrentar o Mirassol, pelo Campeonato Paulista. O duelo é mais um de preparação para o início das grandes competições e, também, visa as fases decisivas do Estadual. 

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Força da torcida e arbitragem
- Nossos torcedores estiveram no nosso nível, isso é muito importante. As vezes sabemos do tamanho do jogo e queremos fazer a mais, foi o que fizemos hoje. Foi espetacular. É a terceira vez que jogamos aqui e perdemos as outras duas. Já sabíamos que ia ser aqui, em Brasília, nossos torcedores nos ajudaram bastante. Nesse tipo de jogo precisávamos estar tranquilos, esse jogo foi extraordinário para colocar a nossa força mental a prova. Eu não consigo entender que ninguém viu que era escanteio, eu fui expulso por isso. Como é possível o melhor árbitro brasileiro não ter visto. Estou justificando a minha expulsão. Fizemos o que tínhamos que fazer para conseguir o resultado, o Vitor arriscou tudo. Foi uma vitória justa, da melhor equipe.

Calendário
- Estamos sempre tendo que nos adaptar ao calendário do Estadual. A Federação Paulista não nos concedeu tempo para preparar para o jogo. Nós precisamos de jogadores, de reforços, mas não há jogador que seja mais forte que nosso jogo coletivo. Jogamos para ganhar, foi isso que fizemos. A pichação dos muros é algo comum, um bom presságio, está aqui o resultado. O sucesso fala por nós, assim que tem que ser.

Elenco do Palmeiras faz a festa no Mané Garrincha (Foto: Edu Andrade / LANCE!)

O jogo
- Vocês sabem que nós demos 45 dias de férias, fomos os últimos a voltarem. Em meados de dezembro eles começaram a trabalhar em casa. Quando fizemos as avaliações, sabíamos que íamos chegar aqui melhores do que o nosso adversário e foi assim. Do outro lado tem jogadores muito qualificados, mas essa equipe nunca se rende. Conseguimos manter o foco naquilo que temos que fazer. Na primeira parte fomos melhores, depois ele reagiram. O Gabigol vai por todo lado, o Everton, Arrascaeta, sempre se movimentando. A zaga fica mais fixa, mas os outros estão sempre em mobilidade. Mas soubemos aproveitar bem os nossos momentos. Até onde vamos eu não sei, mas se depender de nós, vamos fazer tudo que for preciso para continuarmos a lutar por títulos. Não posso prometer nada, mas posso dizer que tenho jogadores de caráter.

Substituições
- O Mayke é dotado tecnicamente. Minha ideia, uma pena foi não ter sido mais cedo. Entendi que devíamos tirar o Endrick e dar mais profundidade ao Rony. Queríamos equilibrar a equipe, porque o Ayrton (Lucas) iria se lançar mais ao ataque, depois entrar com o Breno no ataque.

Endrick
- Ele (Endrick) deve estar muito feliz, pela idade que tem, contexto de jogo. Esses jogos são fantásticos para ele crescer, ter maturidade competitiva. Há aspectos e detalhes que ele ainda precisa melhorar, mas vou dar uma atenção nisso. Temos um plano e não vamos mudar em função dos resultados. Se perdemos, ia ser a mesma maneira. Fico muito feliz, o menino trabalha muito. Pedi ajuda aos jogadores para orientá-lo também. Ele fez um jogo ao nível que ele merece, espero que mantenha os pés no chão.

Reforços
- Tenho certeza que a torcida organizada está muito orgulhosa do nosso trabalho. Os torcedores, o que este grupo conquistou foi as custas de muito trabalho e dedicação. Não há jogador, nem reforço, do que a força coletiva do Palmeiras.

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