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Com patrocinador como discussão, Verdão elege presidente neste sábado

Cerca de 8 mil sócios do clube definem, em votação das 8h às 17h, entre reeleger Maurício Galiotte e optar por Genaro Marino, um dos vices que romperam com o atual mandatário

Genaro Marino e Maurício Galiotte
imagem cameraNeste sábado, Genaro Marino e Maurício Galiotte concorrem à presidência do Palmeiras (Fábio Menotti/Divulgação)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 23/11/2018
19:51
Atualizado em 24/11/2018
08:00

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Neste sábado, em eleição das 8h às 17h, cerca de 8 mil sócios terão direito a voto para definir entre Maurício Galiotte, atual mandatário do clube, e Genaro Marino Neto, vice-presidente que rompeu com o concorrente, quem será o presidente do Palmeiras nos próximos três anos. E o que mais se discutiu na campanha foi em relação ao patrocínio do Verdão.

Quem vencer, assume um clube com números financeiros positivos. A projeção é de que o clube tenha em 2018 a maior arrecadação de sua história, beirando os R$ 620 milhões (bem acima do orçamento para o período, que previa R$ 476 milhões). Até setembro, o balancete apresenta superávit de R$ 48 milhões, além de um patrimônio líquido positivo em R$ 77 milhões.

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Mas o que se discute mais são Crefisa e a Faculdade das Américas (FAM), que patrocinam o Palmeiras desde 2015 e pagam, atualmente, R$ 78 milhões anuais só por exposição no clube. A participação política de Leila Pereira e José Roberto Lamacchia, proprietários das empresas e eleitos membros do Conselho Deliberativo do clube, foi o principal motivo para a cisão dos vice-presidentes com Galiotte, gerando a chapa encabeçada por Genaro Marino Neto nas eleições neste sábado.

​Galiotte foi o primeiro vice-presidente de Paulo Nobre entre 2013 e 2016, mas acabou rompendo com o grupo do ex-presidente pouco após ser eleito exatamente por conta da presença dos patrocinadores como conselheiros. Dentro de campo, o time brigou por títulos, tanto que, se vencer o Vasco, neste domingo, no Rio de Janeiro, será campeão brasileiro com uma rodada de antecedência. Mas a política foi efervescente em sua gestão.

Diante da acusação de que Leila não poderia concorrer como conselheira, o próprio Conselho Deliberativo aprovou a eleição dela e de seu marido no órgão, referendando os votos que receberam. Também foi aprovada a mudança do mandato como presidente de dois para três anos, o que, segundo opositores, é uma manobra para permitir que Leila assuma o cargo máximo do clube na próxima eleição, em 2021.

Outro ponto de discussão que colocou Crefisa e FAM como foco foi a mudança do contrato de patrocínio. Os investimentos da parceira para contratar jogadores transformaram-se em uma dívida de R$ 120 milhões, com uma taxa mínima de juros mensais.

Galiotte, contudo, rebate que o conceito do negócio não mudou. O presidente coloca a presença da parceira como fundamental para o clube se manter como referência e pede o voto ao sócio para "dar continuidade ao que tem sido feito, ao protagonismo esportivo, o serviço no clube, a melhoria, modernidade e no projeto financeiro. É objetivo aumentar o faturamento, bater novos recordes".

Maurício Galiotte concorre na chapa 100, com os seguintes vice-presidentes: Paulo Roberto Buosi, atual diretor administrativo e pessoa muito próxima a Galiotte; Décio Perin, atual membro do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) e um dos defensores da gestão no órgão; Alexandre Zanotta, diretor jurídico, e José Eduardo Luz Caliari, atual diretor estatutário financeiro.

Genaro Marino, por sua vez, conta com o apoio de Nobre, que reapareceu nas redes sociais e em carta enviada a sócios acusando Galiotte de traição. Genaro vê os conselheiros "embriagados" pelo poder, promete Nobre próximo à sua gestão, garante ter um patrocinador que pagará ao clube "acima do mercado" e pede voto por se basear "nos pilares de 2013, da gestão que começou com o Paulo Nobre: ética, transparência, auto-sustentabilidade, confiabilidade, lealdade com o clube".

Genaro lidera a chapa 200, com os seguintes vice-presidentes: José Carlos Tomaselli, atual quarto vice-presidente e também rompido com Galiotte, Ricardo Galassi, Luis Henrique Fronterotta e Guilherme Gomes Pereira, todos diretores enquanto Nobre era presidente. Os opositores contam também com o apoio de Antonino Jesse Ribeiro e Victor Fruges, outros atuais vice-presidentes de Maurício Galiotte.

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