Florida Cup pode ser o 16º: veja títulos do Verdão em torneios internacionais
Palmeiras acostumou-se a conquistar competições amistosas fora do Brasil, como pode ocorrer em janeiro, na primeira participação de sua história no evento em Orlando (EUA)<br>
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A confirmação do Palmeiras na Florida Cup, em janeiro, é a chance de a equipe retomar algo que foi comum no século passado: conquistar torneios amistosos no exterior. O clube atuará pela primeira vez na competição sediada em Orlando (EUA) e não joga um campeonato não-oficial fora do Brasil desde janeiro de 2016, quando foi vice-campeão da Copa Antel, no Uruguai.
Caso fique com o troféu da Florida Cup depois das duas partidas diante de rivais estrangeiros, no Exploria Stadium, do Orlando City, o Palmeiras alcançará a 16ª conquista em torneios desse molde. Todos no século passado, sendo os dois últimos sob o comando de Luiz Felipe Scolari, que iniciava sua primeira passagem pelo clube na metade de 1997.
Confira as conquistas do Palmeiras em torneios como a Florida Cup no exterior:
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Taça Peñarol (1951)
A competição foi tratada como uma revanche da decisão da Copa do Mundo, vencida pelos uruguaios no Maracanã um ano antes. E estavam presentes dois astros do Mundial de 1950: Ghiggia, autor do gol que definiu o Maracanazzo, estava no Peñarol, com o meia brasileiro Jair Rosa Pinto no Palmeiras. O torneio previa dois jogos, um em cada país. Na ida, no Pacaembu, 0 a 0. Na decisão, no estádio Centenário, em Montevidéu, 2 a 1 para o Verdão - exatamente o mesmo placar aplicado pelos uruguaios na decisão da Copa no Brasil.
Torneio do México (1959)
Há 60 anos, entre janeiro e fevereiro, o Palmeiras aceitou o convite para uma excursão no México e saiu da competição invicto. Ganhou cinco partidas e empatou somente uma. A decisão foi contra Irapuato, em Guadalajara, único mexicano que conseguiu sair de campo, ao menos uma vez, sem perder dos convidados: 1 a 1 no primeiro jogo, 3 a 2 para o Verdão no duelo decisivo.
Torneio Quadrangular de Lima (1962)
O Palmeiras não foi o único brasileiro a participar da competição na capital peruana, na primeira quinzena de fevereiro daquele ano. O Botafogo também esteve no torneio ao lado dos locais Sporting Cristal e Universitário. As quatro equipes se enfrentavam, com o título dado a quem somasse mais pontos. Conta simples: o Verdão venceu todos os seus adversários.
Torneio Cidade de Manizales (1962)
A excursão do Palmeiras em vizinhos na América do Sul teve uma passagem pela Colômbia. Depois das três vitórias no Peru e de outra em amistoso no Equador, manteve os 100% de aproveitamento: bateu o Once Caldas por 2 a 1 e o Millonarios por 4 a 0. Na formação, ídolo do Verdão, como o lateral-direito Djalma Santos, o ponta Julinho Botelho, o meia-atacante Chinesinho e o centroavante Vavá.
Copa Brasil-Japão (1967)
A excursão do Palmeiras ao outro lado do mundo, em junho de 1967, o faz ter a fama de ser o primeiro time brasileiro a atuar no Japão. A competição previa duelos com a seleção do país. O Verdão venceu o primeiro por 2 a 0, perdeu o segundo por 2 a 1 e decidiu o troféu com a presença do Imperador Hirohito, tido como uma das pessoas mais poderosas do mundo na época. Não foi suficiente para intimidar a equipe que ganharia a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa naquele ano: triunfo alviverde por 2 a 0 e taça na mala de volta a São Paulo.
Troféu Ramon de Carranza (1969, 1974 e 1975)
O Palmeiras tem três títulos no tradicional torneio espanhol, conhecido por dar um troféu de grandes proporções e peso ao vencedor. Em 1969, o Verdão empatou na semifinal diante do Atlético de Madri por 1 a 1, mas avançou nos pênaltis. Na decisão, com gols de Zé Carlos e Dé, 2 a 0 sobre o Real Madrid.
Em 1974, o Palmeiras estragou os planos dos organizadores. A ideia era que a final fosse um confronto entre o Santos de Pelé e o Barcelona do holandês Cruyff. Mas o Peixe caiu para o Espanyol na semifinal e o Verdão de Leão, Luís Pereira, Alfredo, Ademir da Guia, Leivinha e César Maluco eliminou o Barça fazendo 2 a 0, gols de Leivinha e Ronaldo. Na decisão, 2 a 1 sobre o Espanyol, com Leivinha e Luís Pereira balançando as redes.
No ano seguinte, mais um título. O Real Madrid de Paul Breitner, astro da Alemanha campeã do mundo um ano antes, não foi suficiente para superar a Segunda Academia, que impôs 3 a 1 - gols de Edu Bala, Leivinha e Itamar. E o Palmeiras, com três títulos, está ao lado do Vasco como brasileiro que mais vezes ergueu a tradicional taça disputada na cidade de Cádis, na Espanha.
Troféu Cidade de Barcelona (1969)
Depois de conquistar o Ramón de Carranza há 50 anos, batendo o Real Madrid, o Palmeiras continuou na Espanha. Foi à Catalunha enfrentar o Barcelona pelo torneio que levava o nome do clube e da cidade. Show de Ademir da Guia, fazendo os dois gols da vitória por 2 a 1 do time que conquistaria o Torneio Roberto Gomes Pedrosa três meses depois.
Copa da Grécia (1970)
Sem jogos oficiais entre abril e junho, período de preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo daquele ano, o Palmeiras excursionou por sete país na Europa. A viagem começou pela Grécia, e com troféu em quadrangular contra equipes locais, com 100% de aproveitamento: bateu o A.S.O. Aris, por 2 a 1, e o Olympiacos, por 3 a 2.
Copa del Atlántico (1972)
Os argentinos convidaram alguns dos principais clubes da América do Sul. E o time do técnico Oswaldo Brandão, que iniciava a sua caminhada ali para virar a Segunda Academia, que renderia o título brasileiro daquele ano e no seguinte. Na Copa del Atlántico, conquista invicto, enfrentando todos os adversários duas vezes: contra o Peñarol, do Uruguai, 2 a 0 e 5 a 1; diante do Boca Juniors, da Argentina, 1 a 1 e 1 a 0; ante o também argentino San Lorenzo, 0 a 0 e 1 a 1.
Copa Kirin (1978)
Onze anos após a primeira visita ao Japão, o Palmeiras ganhou outra competição no país, desta vez de forma invicta. Na fase de grupos, bateu a Coreia do Sul por 1 a 0 e empatou por 1 a 1 diante da seleção da liga japonesa e do Borussia Monchegladbach, da Alemanha. Na semifinal, bateu o inglês Coventry City por 1 a 0 e, na decisão, só precisava empatar, garantindo a taça com novo 1 a 1 diante do Borussia Monchegladbach.
Copa Lev Yashin (1994)
O Palmeiras resolveu lucrar com excursões durante a Copa do Mundo de 1994. Visitou a Rússia e voltou com uma taça que homenageava o lendário goleiro soviético: bateu o Dínamo de Moscou, por 2 a 1, com gols do lateral-esquerdo Roberto Carlos e do atacante Maurílio, e o Sparták, por 2 a 0, com os atacantes Evair e Edílson balançando as redes. Apesar do troféu, essa longa viagem, que teve ainda a passagem por outros países, ficou marcada por críticas, já que ocorreu entre os dois duelos da equipe do técnico Vanderlei Luxemburgo diante do São Paulo, pela Libertadores, e o Verdão acabou eliminado, perdendo o clássico da volta por 2 a 1 - ficou 0 a 0 a ida, antes da Copa do Mundo.
Taça da Amizade (1997)
Com Felipão, o Palmeiras aproveitou o período sem partidas oficiais no meio da temporada para excursionar nos Estados Unidos. Começou a viagem ganhando a chamada Taça da Amizade, ganhando do norte-americano New England Revolution por 1 a 0, gol do atacante Euller.
Torneio Naranja (1997)
Ainda em 1997, o Verdão de Scolari embarcou para a Espanha. Jogou contra o Valencia, time local, e o Flamengo, em uma competição com regulamento peculiar: cada jogo valia três pontos e, ao final delas, sempre havia disputa de pênaltis, valendo um. O Palmeiras perdeu do Valencia por 3 a 1 no tempo normal, mas ganhou por 5 a 4 nos pênaltis. Diante do Flamengo, vitórias por 2 a 0 no tempo normal e 5 a 4 nos pênaltis. Na soma dos pontos, cinco para o time de Felipão, contra quatro dos cariocas e três dos anfitriões. E uma nova taça na galeria do Palestra Itália.
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