Palmeiras se impõe com boa atuação para assumir a ponta do Brasileiro
Depois de uma atuação com pouquíssimo brilho na quarta-feira, time tomou conta desde o início do duelo com o Cruzeiro e agora chegou à primeira posição, antes do Choque-Rei
O Palmeiras apresentou uma escalação diferente, mas principalmente uma postura diferente no reencontro com o Cruzeiro que lhe deu a liderança do Campeonato Brasileiro após 27 rodadas. Com uma boa atuação, o time correspondeu quando precisou mostrar que é, de fato, um dos principais candidatos ao título.
Na volta de Luiz Felipe Scolari, a ideia era de que o Verdão focaria nos mata-matas, mas a "equipe B" conseguiu 83% de aproveitamento nos últimos 12 jogos. São dois meses sem derrota (25 de julho, 1 a 0 para o Fluminense no dia da queda de Roger Machado), com nove vitórias e três empates desde então.
A atuação desse domingo está entre as melhores deste período. Além de ter criado bastante, o time correu pouquíssimos riscos. Não fosse o pênalti marcado erradamente para o Cruzeiro, Fernando Prass voltaria para o vestiário sem ter tido nenhuma bola contra sua meta. Gustavo Gómez (apesar de ter cometido o "pênalti") foi muito bem, junto de Luan. Marcos Rocha, Dudu e Deyverson foram destaques ofensivos.
Se na quarta-feira o time teve dificuldades no ataque, desta vez contra o Cruzeiro também misto, a história foi diferente. Muito por conta das participações de Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima, que foram bem com a bola no pé.
Também diferentemente do Mineirão, o Verdão arriscou mais chutes de fora da área e assim abriu o placar. Mesmo com o erro da arbitragem, o time manteve a intensidade e o estilo de jogo, sem forçar a bola longa excessivamente.
Para Felipão, o mérito foi desta vez se impor e não cometer os erros que o Cruzeiro força o adversário a cometer, abrindo espaço para os contra-ataques.
- O time se impôs um pouco mais, temos qualidade para jogar assim, mas o Cruzeiro tem um time que desta forma te força a um erro crasso e você leva o gol. Foi o que aconteceu aqui e lá. Tínhamos de minimizar o erro quando tínhamos a bola, é uma das características do Cruzeiro. Acertamos mais chutes, nos posicionamos mais para criar mais dificuldade ao Cruzeiro - analisou.
Desde que Roger saiu, o Palmeiras não perde, é o líder do returno com cinco pontos de vantagem para o Santos, a segunda melhor campanha, e saiu da briga pelo G6 para a liderança. Isto sem usar na maior parte do tempo força máxima. Grande trabalho de Felipão até aqui.