LANCE! Espresso: Ao contratar Mano, Palmeiras é coerente: decidiu não sair do lugar

Não se pode chamar o Palmeiras de incoerente. A troca de Luiz Felipe Scolari por Mano Menezes, que teve sua contratação confirmada ontem, está longe de representar uma ruptura na filosofia dentro de campo. Ambos trabalham por uma mesma cartilha: sem se preocupar com o controle da bola e fechando o time quando à frente no placar. Foi assim que Mano pautou seu longo período de trabalho no Cruzeiro - e conquistou duas Copas do Brasil e dois estaduais. Mas é um acerto? Por um lado, de que serve um elenco tão recheado de bons jogadores se eles são entregues ao comando de um treinador que não se preocupa em ter com seus atletas a posse de bola? Um grupo como tem o Palmeiras hoje pode ter ambições maiores, propor a partida, decidir o rumo das ações durante os 90 minutos. Não é como gostam de fazer Felipão e também Mano. Por outro lado, Mano, antes mesmo de ser confirmado no cargo, já era alvo de reclamações de muitos torcedores. Obviamente chegará sob olhares desconfiados de uma torcida impaciente com o fracasso da equipe até agora na temporada - resta a luta pelo título brasileiro. Ao optar por Mano, a diretoria comandada pelo presidente Maurício Galiotte e pelo diretor de futebol Alexandre Mattos decidiu, além de manter um estilo de jogo pouco criativo ou ousado, também comprar uma briga com a arquibancada. E o novo treinador precisará ter muita paciência, além de mostrar trabalho com alguma rapidez, para reverter um quadro que já começa bem difícil.

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