No ano do adeus, Fabiana vibra com recorde: ‘Sempre quis parar no auge’
Brasileira tornou-se a recordista sul-americana, melhor da temporada e quinta melhor atleta de todos os tempos no salto com vara, após marcar 4,87m na final do Troféu Brasil
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A quinta melhor de todos os tempos. A temporada do adeus de Fabiana Murer do esporte será, até o momento, lembrada por esse feito. Neste domingo, na decisão do Troféu Brasil, em São Bernardo do Campo (SP), a brasileira bateu a marca de 4,87m, o novo recorde sul-americano da modalidade.
Mas não foi só essa a marca batida pela paulista de 35 anos que, inclusive, já era detentora do posto. Com a melhora no salto, Murer se estabelece como a quinta melhor atleta de todos os tempos (considerando apenas a melhor marca de cada uma), atrás da russa Yelena Isinbayeva (5,06m), da americana Jennifer Suhr (4,92m), da cubana Yarisley Silva (4,91m) e da russa Svetlana Feofanova (4,88m).
- Fico muito contente de ter conseguido essa marca no Troféu Brasil. Estava "empacada" nos 4,85m e já tinha feito três vezes essa marca. Saio daqui muito contente e confiante para as próximas competições e para a Olimpíada, que é a principal disputa do ano - comentou Fabiana.
Antes mesmo do começo desse ano, Murer já havia afirmado que iria se despedir do esporte após a Olimpíada do Rio de Janeiro, em agosto. Aos 35 anos, a veterana consegue se manter entre as melhores do planeta, o que é um motivo de alegria para quem está no topo há dez anos.
- É minha última temporada, com certeza, mesmo terminando o ano com minha melhor marca. Estou decidida e sempre quis parar no auge, no topo, e estou conseguindo isso - disse, antes de completar:
- É muito difícil se manter em alto nível. Consigo isso há dez anos, ficar entre as melhores do mundo. Não sou muito forte e nem muito veloz, e estou, inclusive, mais lenta do que era antes. Mas tenho uma boa técnica e boa coordenação. E acho que essa vontade de querer saltar e ultrapassar meus limites faz com que eu me mantenha entre as melhores do mundo.
Após conquistar a melhor marca de sua carreira na terceira tentativa e com o ouro assegurado, Fabiana tentou superar ainda mais seus limites, como ela mesma descreveu. A paulista colocou o sarrafo na altura de 5 metros, superada por apenas uma atleta na história: Isinbayeva.
No primeiro salto com a maior altura que já tentou em uma competição oficial, Murer chegou perto de conseguir o feito. Na segunda, errou a passada, mas ainda assim fez um bom salto. Agora, a dúvida é: o ouro olímpico no Rio de Janeiro pode vir na casa dos 5 metros?
- Acho que dá (pra saltar 5 metros). Senti um pouco o cansaço do fim da competição, da emoção, é claro. Mas queria tentar para começar a achar esse caminho. Nunca havia tentado em competição e queria testar para ter uma noção de como é ir além de cinco metros - completou.
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