Bernardinho libera, mas atletas se dividem sobre ir à Abertura dos Jogos
Técnico alerta para cansaço da cerimônia, mas deixa decisão final com os jogadores
Os jogadores da Seleção Brasileira masculina de vôlei estão liberados, parcialmente, pelo técnico Bernardinho para participação na Cerimônia de Abertura da Rio-2016, nesta sexta-feira, no Maracanã.
Como a estreia do time será apenas no domingo, o treinador permitiu que cada um escolha o que fazer. Os únicos vetados são jogadores com algum time de dor, seja muscular ou nas articulações. Marcada para começar às 20h, a cerimônia deve durar aproximadamente 3h30. Somando o tempo de deslocamento da Barra para a Tijuca, ida e volta, os participantes ficarão fora da Vila entre 17h e 2h da manhã.
- Me preocupa muito a dinâmica da coisa, quem já foi sabe quão cansativo é. Não vou obrigar ninguém a não ir, já fui jogador. Eles têm que ter consciência do que é importante. Não gostaria que fossem, mas vou entender se forem. São adultos que vão tomar decisões que sejam corretas para o que nos propomos. No sábado temos que treinar bem - disse Bernardinho.
Os jogadores estão divididos. O levantador William, 37 anos e em sua primeira aparição olímpica, disse que gostaria de participar.
- Quero muito, fui o primeiro a levantar o dedo quando falaram quem queria ir. Acho que o principal é o primeiro jogo, mas como não é logo após a abertura. Se o Bernardo der uma brecha, vou.
Já o líbero Escadinha, 40 anos e na quarta Olimpíada, vai ficar na Vila vendo pela TV. Ele relembrou a ida à Cerimônia dos Jogos de Pequim, oito anos atrás.
- Em Pequim, cheguei a deitar no gramado durante a cerimônia. O pessoal fez uma cabaninha e fiquei por lá. Gustavo ainda levou um baralho e até jogamos truco - antes de brincar sobre o motivo da decisão. - Os parafusos no meu corpo não aguentam.
O oposto Evandro disse estar no grupo dos jogadores com alguma dor. Por isso a indefinição.