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Bernardinho pede 15 dias para pensar sobre o futuro

Técnico quer pausa para refletir sobre permanência ou não na Seleção masculina

Bernardinho é jogado para o alto por seus comandados após o título olímpico da Seleção
JUAN MABROMATA / AFP

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Terminada a final contra a Itália, Bernardinho procurou pela família. Lá estavam a esposa Fernanda Venturini e as filhas Júlia e Vitória. E são os familiares os "responsáveis" pelo período de descanso que ele pretende tirar nas próximas semanas. Apenas depois desta reflexão ele definirá o futuro na Seleção.

– Não vou largar o voleibol, mas preciso de um tempo para pensar. Vou sair pedalando por aí e durante 15 dias ninguém vai me encontrar – disse Bernardinho, citando uma outra paixão: as corridas de bicicleta.

Bernardinho também falou da emoção de conquistar um ouro dentro de casa, no último dia dos Jogos.

- A minha medalha de ouro é estar ali atrás e poder ver os rapazes em cima do pódio e toda a torcida gritando "é campeão". Isso para mim é único. Ouvir o hino nacional, a bandeira subindo, todos chorando, porque é algo muito emocionante, tanta coisa represada, essa vontade de ser o campeão que a torcida esperava, é a imagem que eu guardo. O metal representa tudo que esses momentos trazem. Mas o momento final de tudo isso é único. Tenho tantos anos de carreira no esporte, tantos títulos e momentos marcantes, mas uma fotografia como essa na minha memória, não existe por ser em casa. Esse é o verdadeiro ouro - comentou.

Entre as perguntas sobre parar ou seguir até Tóquio-2020, o treinador disse não ser insubstituível. E deixou no ar a possibilidade de encerrar o ciclo iniciado em 2001.

- Sou plenamente substituível, temos pessoas prontas para assumir. Sem a minha experiência, mas com capacidade. Temos pessoas prontas para dar sequência e agregar coisas importantes, fazer com que o time progrida ainda mais.

Na sequência, porém, revelou como ainda pode encontrar motivação para seguir:

- Na vida esportiva, as pessoas vencem por necessidade ou paixão. Nunca me faltou nada na vida, nasci numa família de classe média alta, então não entrei no esporte por necessidade. O que me motiva são os desafios, e existe desafio maior do que continuar vencendo após isso aqui? Essa é uma geração que pode seguir muito bem, o que me motiva, mas não quero pensar nisso. É um desafio enorme continuar com essa ambição e nível de energia, mas há sempre uma nova montanha a conquistar.

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