Brasil demora para engrenar, mas vence o México no vôlei
Surpreendida no início, Seleção masculina reage para estrear com vitória nos Jogos Rio-2016; Ponta Lucarelli se destaca e comanda virada no Maracanãzinho
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O Brasil surpreendentemente perdia para o México por 1 a 0. O segundo set também estava equilibrado, com um clima estranho no Maracanãzinho. Até Lucarelli ir para o saque, fazer dois pontos seguidos e iniciar a reação da Seleção masculina de vôlei. A vitória por 3 a 1 (23-25, 25-19, 25-14 e 25-18) não apaga a atuação abaixo da média do time de Bernardinho em parte do confronto, mas mostra como o ponta de 24 anos é importante atualmente para a equipe.
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Em um ciclo olímpico marcado por dificuldades na renovação do time e poucos títulos de expressão, a Seleção vê Lucarelli como expoente e maior candidato a ídolo numa difícil transição. Ele vem sendo preparado há quatro anos para explodir na Rio-2016. Em Londres-2012, apesar de não ter sido inscrito, ele ficou com o grupo na Inglaterra, participou de treinos e foi apresentado ao "clima dos Jogos". Impossível dizer se o resultado daquela final contra a Rússia seria diferente com o então jovem promissor no banco de reservas como opção, mas faltou vitalidade quando Giba, Dante e Leandro Vissotto sentiram problemas físicos.
Sem conseguir responder a pergunta de quatro anos atrás, Lucarelli, como um bom mineiro, também não gosta de assumir o protagonismo nas entrevistas. Foi perguntado na véspera da estreia se sentia o "cara" deste time, mas preferiu responder enaltecendo o grupo.
Internamente, tem rescaldo dos companheiros. É o "bom garoto", o "moleque cabeça boa", na definição de atletas mais experientes. Importante na virada contra o México, será ainda mais com Itália, França e Estados Unidos, rivais do Brasil no decorrer da primeira fase e muito mais fortes do que o adversário de hoje. Neste domingo, em várias passagens pelo saque, ele fez estrago.
Para ser justo, importante citar mais dois jogadores na construção desta primeira vitória na Rio-2016: o oposto Wallace, maior pontuador da Seleção no jogo, e o líbero Escadinha, 40 anos, que muitas vezes fez o papel de "paizão" motivador entre um ponto e outro para ligar o restante dos jogadores na tomada enquanto o México, apenas 26º colocado no ranking da Federação Internacional de Vôlei, estava em vantagem.
A Seleção ficou devendo nesta estreia, mas tem muito mais vôlei para mostrar no decorrer do torneio olímpico. E tem Lucarelli!
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