Campeã no carisma, Flávia Saraiva busca fazer história no Rio de Janeiro
Aos 16 anos, a pequena Flávia Saraiva, de só 1,33m, se torna favorita da torcida brasileira e, nesta terça-feira, disputa a primeira de suas três finais na Olimpíada do Rio
Quanto tempo uma pessoa leva para cativar alguém? Horas, dias, semanas, anos? Bom, uma pequena ginasta da Seleção Brasileira, de apenas 16 anos e 1,33m, precisou de pouco mais de um minuto, até ser aplaudida de pé por uma arena lotada, naquela que era a sua estreia em Olimpíadas. Quem? Flávia Saraiva, a campeã do carisma na ginástica artística.
No último sábado, a carioca disputou as classificatórias da modalidade, e garantiu vaga em três decisões: na trave, por equipes e no individual geral. No primeiro aparelho, ganhou a torcida brasileira, sendo ovacionada de pé. Já por times, busca uma medalha nesta terça-feira, às 16h, na Arena Olímpica do Rio.
Antes dos Jogos Olímpicos, Flavinha, como é conhecida por suas colegas de Seleção, conversou com a reportagem do LANCE!, e mostrou tudo aquilo que os torcedores veem: um sorriso permanente no rosto, uma leve timidez e, apesar da carinha de criança, uma personalidade de gente grande.
A prova disso está em sua resposta para a pergunta: o que você sonha em alcançar na Olimpíada?
– Quero trazer uma medalha para o Brasil, não importa se for de ouro, prata ou bronze. Eu só quero fazer história na ginástica artística do país – disse a atleta carioca.
Flávia começou cedo no esporte. Aos oito anos, costumava brincar de cabeça para baixo, o que chamou a atenção de uma de suas primas, que aconselhou a mãe da pequena: ”Coloque a sua filha na ginástica!”.
Pouco tempo depois, a menina de Três Rios já fazia parte de um projeto social da coordenadora da Seleção feminina, Georgette Vidor, o “Esporte para Todos”, da ONG Qualivida, que revela jovens ginastas.
'Se não fosse ginasta, eu não sei o que seria. Talvez, apenas infeliz' - Flávia Saraiva
Daí em diante, Flavinha deslanchou. Nos Jogos da Juventude, na China, em 2014, conquistou três medalhas: um ouro no solo e duas pratas, no individual geral e na trave. Em Copas do Mundo, já subiu ao lugar mais alto do pódio cinco vezes.
Durante a entrevista, ainda com curtas e tímidas respostas, Flavinha disse não se importar com as pessoas que a acham “pequenininha”, já que ela mesma diz: “sou normal”.
Agora, em casa, Flávia Saraiva, ou melhor, Flavinha, quer levar o seu carismático sorriso para um lugar em que todos possam ver. Se a meta for ficar mais alta, por que não no lugar mais alto do pódio?