Ex-corredora de barreiras comemora realização de sonho olímpico no rúgbi
Uma das pioneiras da Seleção de rúgbi seven, Júlia Sardá aventurou-se no atletismo até descobrir a modalidade que retorna à Olimpíada este ano
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Há 13 anos, o atletismo perdeu uma promissora corredora de barreiras para a modalidade que retorna ao programa esportivo das Olimpíadas. Uma das pioneiras da Seleção Brasileira de rúgbi seven, a catarinense Júlia Sardá tem motivos mais do que especiais para poder festejar sua presença na Rio-2016: o sonho de infância em participar dos Jogos Olímpicos e a superação de uma grave lesão que quase impediu sua participação.
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– Sempre quis ser atleta, falava isso para minha mãe. Quando era pequena comecei a fazer atletismo, primeiro nas corridas de rua e depois nas pistas –, disse Júlia, de 33 anos, que iniciou a carreira aos nove anos. Após participar de pequenas corridas, Júlia se aventurou nas provas de 5 km e 10 km. Até trocar as ruas pelas pistas.
– Cheguei a ficar com o sétimo melhor tempo juvenil nos 100 m com barreiras. Participei até do heptatlo. Mas em 2003 vi que não teria muito futuro e decidi o abandonar o atletismo – afirmou.
Foi quando estava cursando a faculdade de educação física que Júlia acabou sendo convencida por uma amiga a integrar aquela que seria a primeira Seleção Brasileira de rúgbi seven, em 2004.
– Hoje eu sou uma das mais veteranas da equipe, junto da Paulinha e da Baby. Quando vi que ele seria disputado na Olimpíada no Rio, vi que meu sonho olímpico estava perto de se tornar real – afirmou.
Ela só não contava com um drama que quase a tirou dos Jogos deste ano. Há um ano, às vésperas do Pan-Americano de Toronto, Júlia sofreu uma grave lesão que a deixou nove meses fora dos campos.
– O Brasil disputava um torneio na Inglaterra e em um jogo, fui tentar derrubar uma jogadora da China e sofri ruptura total do músculo posterior da coxa esquerda. Sofri na recuperação, cheguei a pensar que não estaria aqui – disse Júlia, aliviada pelo fato de ter sido chamada pelo técnico Chris Mills.
Professora de educação física formada, Júlia deu um tempo na carreira por causa do sonho olímpico. Atuando na posição de pilar, ela tem 212 jogos pela Seleção Brasileira.
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