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Seleção de rúgbi esbanja alto astral antes de estreia em grupo difícil

Time feminino quer ser o mais carismático da Vila dos Atletas mas sonha também com voos mais altos no retorno da modalidade ao programa esportivo da Olimpíada

Jogadoras eda Seleção Brasileira feminina de rúgbi seven
imagem cameraJogadoras e integrantes da comissão técnica do rúgbi seven posam no Centro de Treinamento da Urca (Foto: Jonne Roriz/Exemplus/COB)
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Lance!
Enviado especial ao Rio de Janeiro (RJ)
Dia 30/07/2016
11:41
Atualizado em 30/07/2016
12:38

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Se existe uma coisa que não se pode falar da Seleção Brasileira feminina de rúgbi sevens é que se trata de uma equipe mau humorada. Desde a entrada delas na Vila dos Atletas, que ocorreu na noite de sexta-feira, as 12 integrantes da Seleção vem mantendo a rotina de brincadeiras entre elas e com atletas de outros países. Mas tudo isso sem perder o foco do objetivo principal: conseguir um resultado histórico para a modalidade no Brasil nos Jogos Rio-2016.

- Na América do Sul já vencemos 11 competições e no Pan de Toronto ficamos com o bronze, atrás apenas do Canadá e Estados Unidos. Somos ainda a 10ª melhor equipe no circuito mundial. Dentro do nosso grupo, Canadá e Grã-Bretanha são as principais forças, enquanto que o Japão é um time com o qual conseguimos jogar em um nível equilibrado. Sonhar não tem limite - disse neste sábado a capitã da Seleção Paula Ishibashi, a Paulinha, de 31 anos e que atua como half scrum (abertura).

Será justamente contra as britânicas a estreia do rúgbi feminino brasileiro em Jogos Olímpicos, no próximo sábado, a partir das 12h, no Estádio de Deodoro. No mesmo dia, às 17h30, as brasileiras terão uma nova pedreira pela frente, o Canadá. No domingo, dia 7, as brasileiras encerrarão sua participação na primeira  fase, contra o Japão.

O rúgbi sevens tem um formato menor e mais ágil do que o tradicional com 15 atletas em cada time. Na Olimpíada, as equipes contam com sete atletas e disputam dois tempos de sete minutos. Serão 12 seleções na Rio-2016, divididas em três grupos de quatro equipes, avançando para as quartas de final as duas primeiras de cada grupo mais as duas melhores por índice técnico.

O retrospecto recente da Seleção Brasileira contra suas rivais não é muito favorável. No Pan de Toronto 2015, a equipe levou 36 a 0 do Canadá. Em fevereiro deste ano, durante a etapa da World Rugby Women's Sevens Series,  realizada em Barueri (SP), foram duas derrotas para a Inglaterra (24 a 7 e 24 a 12) e uma vitória sobre o Japão (27 a 5).

- O rúgbi seven feminino é mais equilibrado do que o masculino, por isso temos resultados superiores do que os homens. Nós jogamos contra filhas de jogadores de rúgbi, enquanto o masculino enfrenta equipes com seis gerações por trás. Nós ainda corremos atrás de várias seleções, mas não é tão desnivelado como no masculino - explicou outra veterana da Seleção, Júlia Sardá, 33 anos, que atua como pilar e está na equipe desde 2004.

Mais comedido em fazer qualquer previsão, o técnico da Seleção, o neozelandês Cris Mills, prefere manter os pés no chão.

- Temos duas equipes top no ranking mundial, que são Grã-Bretanha e Canadá, enquanto que o Japão vem fazendo um alto investimento em seu time, já pensando nas Olimpíadas de 2020, em Tóquio. Realisticamente, será muito difícil para elas. Acho que nosso principal objetivo será passar para as quartas de final e aí esperar o que pode acontecer - afirmou.

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