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Crônica olímpica: ‘Prepare a pomada contra artrite e não tire o olho da TV’

Muitos canais, muitos esportes... Primeiro dia de Jogos foi um convite para quem gosta dos Jogos e ficou ligado desde o começo da manhã nos vários canais esportivos do Brasil

Diego Hypolito vibrou e se emocionou
imagem camera(Foto: Ricardo Bufolin/CBG)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 06/08/2016
20:39
Atualizado em 07/08/2016
06:45

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Desde 2004 que não acompanho os Jogos Olímpicos pela televisão, pois estive in loco em Pequim-2008 e Londres-2012. Que mudança! Os 16 canais do SporTV deixam qualquer apaixonado por esporte completamente maluco.

Aos 49 anos e com 127 quilos, encontrei minha modalidade esportiva ideal: piloto de controle remoto. Consegui imprimir um ritmo forte na troca dos canais desde às 8h. Com uma rapidez incrível nos dedos, consegui acompanhar cerca de 30 esportes.

Tudo começou com a vitória espetacular do handebol feminino sobre as norueguesas, atuais campeões olímpicas e mundiais. Ao mesmo tempo "saltei" para o judô e sofri barbaridade com Sarah Menezes e Felipe Kitadai.

E o que falar dos rapazes da ginástica? Em alguns momentos chegaram a ficar na frente dos japoneses. Uma situação inimaginável há poucos anos. A emoção de Diego Hypólito após seu desempenho no solo foi um dos momentos marcantes do primeiro dia de competições.

Para recompor as energias, nada melhor do que a acompanhar a beleza do vôlei de praia e o tênis feminino, apesar da decepcionante derrota da belíssima sérvia Ana Ivanovic.

Como sempre é tempo de aprender, fiz questão de assistir às disputas de esgrima, rúgbi, tiro com arco, pólo aquático e hóquei sobre grama. Qualquer esporte fica interessante, quando se entende. Por isso, o trabalho dos comentaristas é essencial.

Nunca imaginei torcer tanto no tiro. Tentei "secar" o vietnamita de todo jeito, mas me emocionei com a prata de Felipe Wu. Na esgrima, fiquei em pé na sala para ver Nathalie Moellhausen, a italiana naturalizada brasileira.

Ao mesmo tempo, não deixei de lado de forma alguma as transmissões de basquete e natação, tradicionais desde Montreal-1976, minha primeira lembrança de Olimpíadas na telinha.

Um destaque nas transmissões é a quantidade de informação das disputas apresentadas pelo canal norte-americano NBC, dono dos direitos de transmissão. Na natação, por exemplo, o que ocorreu com Gustavo Borges, em Barcelona-1992, quando a prova acabou e ele não sabia se havia ganho medalha vira história de vovozinha.

E acompanhar tudo isso, espalhado no sofá, regado com muito suco, refrigerante, sorvete, pipoca, salgadinho não é nada saudável, mas é gostoso demais. Mas no fim do dia é preciso passar uma pomada nos dedos da mão para evitar uma atrite. Afinal, foi só o primeiro dia.

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