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Um dia histórico! Para o judô, Majlinda, Kosovo e o mundo

Judoca conquista a primeira medalha da história do país nos Jogos Olímpicos e resume feito: 'Vale muito'

A campeã olímpica Majlinda Kelmendi
(Foto: TOSHIFUMI KITAMURA/AFP)

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Histórico. Não há palavra melhor para descrever o segundo dia de competições do judô nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, neste domingo. Afinal, não é sempre que podemos presenciar a primeira medalha de um país na Olimpíada. Imagine, então, se essa láurea foi de ouro.

Quem acompanha mais de perto a modalidade conhece bem a história de Majlinda Kelmendi, da categoria meio-leve (até 52kg). Ainda mais após o título mundial de 2013, justamente na capital carioca. Na ocasião, ela já tinha feito história para seu país, declarado independente da Sérvia desde 2008. No ano seguinte, mais uma conquista mundial, dessa vez na Rússia. Mas faltava alguma coisa, que já não falta mais desde este domingo.

- Essa medalha significa muito. As pessoas, especialmente as crianças, em Kosovo olham para a gente como uma heroína. Acabei de provar para elas que, apesar da guerra, mesmo depois de sobreviverem da guerra, se querem mudar alguma coisa, elas podem. Se desejam ser campeões olímpicos, podem. Mesmo se vierem de um pequeno e pobre país – afirmou a competidora, que disputou os Jogos de Londres-2012, mas pela Albânia e caiu na segunda rodada.

Majlinda tem muita noção de seu feito. Até por isso, não escondeu a emoção quando se classificou para a final da competição. Na final, então, as lágrimas escorreram de seus olhos quando a luta chegou ao fim e a medalha de ouro estava confirmada.

E se alguém ainda acha pouco o feito alcançado pela judoca, o próprio presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) foi à Arena Carioca 2 para entregar a medalha para a atleta do Kosovo. Se não bastasse, quando o hino do país começou a ser tocado, pela primeira vez em uma Olimpíada, não faltaram flashs e câmeras filmando para registrar o momento.

- Estou muito feliz. Para ser honesta, vim aqui pela medalha de ouro, mas isso é algo maluco. Estou muito feliz por mim, pelo meu técnico, pelo meu país. Essa é a primeira vez que Kosovo está em uma Olimpíada – declarou.

Com oito atletas na Rio-2016, Kosovo já entrou para a história. Majlinda, então, nem se fale.

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