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Falha em análise pode ter causado suspensão de laboratório da Rio-2016

Erro em avaliação de teste antidoping de atleta pode ter sido motivo <br>da perda de credencial do LBCD junto à Wada

O LBCD é anexo à Universidade Federal do Rio de Janeiro e foi suspenso pela Wada (Foto: Divulgação)
O LBCD é anexo à Universidade Federal do Rio de Janeiro e foi suspenso pela Wada (Foto: Divulgação)

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Uma falha na análise de um teste antidoping pode ter sido a causa da suspensão do credenciamento do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) junto à Agência Mundial Antidoping (Wada), anunciada ontem pela entidade internacional.

O motivo da pena provisória de seis meses não foi divulgado oficialmente pela agência. Mas, segundo apuração do LANCE!, o laboratório errou na avaliação de um exame antidoping de um atleta.

Caso isto se confirme, não seria a primeira vez que o LBCD cometeria tal erro. A primeira falha grave do laboratório aconteceu em 2011, quando ainda chamava-se Ladetec. Na ocasião, foi emitido um falso positivo para o jogador de vôlei de praia Pedro Solberg (classificado para os Jogos Olímpicos Rio-2016), por uso do esteroide androstane.

Solberg conseguiu provar sua inocência. Já o Ladetec perdeu por nove meses, em janeiro de 2012, o direito de realizar testes por meio do método IRMS, que justamente detecta esteroides na urina.

Já em agosto de 2013, o Ladetec teve sua credencial cassada pela Wada, após novas falhas, e só voltou a ter um laboratório filiado à agência em maio do ano passado.

Neste intervalo, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde fica o laboratório brasileiro antidoping, construiu um novo prédio para as análises, com verba do governo federal. Foram investidos R$ 134 milhões na obra, e mais R$ 54 milhões para equipamentos.

A notícia não chega em boa hora para os organizadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016. O LBCD seria responsável pelas análises de todos os exames antidoping realizados no evento.

Se a suspensão não for revertida até o início da Olimpíada, em 5 de agosto, o Comitê Rio-2016 poderá se ver obrigado a enviar as amostras para um laboratório do exterior.

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