Federação de tênis de mesa oficializa ping-pong e mira ‘atletas’ brasileiros
Em evento no Rio de Janeiro, nova modalidade de tênis de mesa é lançada, com direito a regras e previsão de competições oficiais a partir de 2017. Intenção é revelar atletas
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Os praticantes do tênis de mesa mais informal, apelidado Brasil afora como ping-pong, ganharam motivo para celebrar nesta quinta-feira. Em evento realizado no Rio de Janeiro, a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) oficializou uma modalidade mais despojada, com novas regras, chamada Table Tennis X (Tênis de Mesa X, em português).
A intenção da ITTF é estimular a prática de tênis de mesa em locais improvisados, abrindo mão assim da obrigatoriedade de mesas, raquetes e bolinhas convencionais. Com isso, espera-se que mais pessoas se interessem pelo esporte, o que pode facilitar a revelação de bons atletas. A promessa é de jogos e competições oficiais a partir de 2017.
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- Os brasileiros são cercados por praias e por áreas de lazer e isso é perfeito para a prática da nova modalidade que anunciamos. O estilo de vida, a música, as roupas casuais, esse modo alegre de viver é o essencial para o que desenvolvemos - declarou o presidente da ITTF, Thomas Weikert.
Além de Weikert, estiveram presentes no evento de lançamento do TTX, o atleta olímpico bielorrusso Vladimir Samsonov e o ex-mesatenista belga Jean-Michel Saive, personalidades do tênis de mesa. O presidente da Confederação Brasileira, Alaor Azevedo, falou sobre a "oficialização do ping-pong".
- É importante para nós, porque há 30 milhões de praticantes de pingue-pongue pelo país, mas essas pessoas jogam de formas e de maneiras diferentes. Agora, as pessoas que brincam de tênis de mesa sem regras muito claras passam a ter um direcionamento para se divertir com o esporte. Isso vai ser bom também para descobrirmos novos talentos tanto para o tênis de mesa quanto para o TTX - disse o dirigente brasileiro.
Confira abaixo, na íntegra, as novas regras do TTX:
Equipamento
- A nova modalidade pode ser jogada em uma mesa do esporte convencional ou em qualquer superfície plana com dimensões aproximadas a 2,74m de comprimento e 1,525m de largura (o improviso é permitido). A ideia é que a mesa suporte qualquer tipo de ambiente para ser possível jogar em qualquer lugar (caso seja jogado em ar livre, o vento é um atrativo a mais).
- A rede pode ser improvisada com qualquer tipo de material (uma tábua, por exemplo).
- A bolinha da TTX é maior e mais pesada do que a convencional e a raquete não tem mais borracha.
Saque
- O saque pode ser feito de qualquer maneira e de qualquer lugar. Não há regras para a modo que ele deve ser feito.
- A bola deve bater uma vez no próprio campo e uma vez no lado do adversário.
- Só muda quem vai sacar, quando quem não tiver o saque pontuar.
- Quem perder o primeiro set, começa o próximo sacando.
Pontuação
- A pontuação é a mesma que uma partida de tênis de mesa convencional.
- O que muda é: pode ser marcado dois ou quatro pontos em um lance só.
- Dois pontos são marcados se:
1 - um jogador saca ou devolve uma bola que o adversário não a toca, a chamada "winner ball" (bola vencedora, em português).
2 - antes de realizar o saque, o jogador falar "wildcard" (curinga, em português). Então, aquele ponto valerá dois para quem o marcar. Isso dá chance ao jogador de marcar pontos extras em um momento que ele mais precisa.
- Quatro pontos são marcados se o jogador em uma "bola curinga" servir ou acertar uma "bola vencedora".
Sistema de jogo
- Um set dura dois minutos.
- O jogador vence um set quando ultrapassa a marca dos dez pontos ou se estiver em vantagem quando o tempo do set acabar.
- Caso o tempo acabe, o ponto em andamento também valerá para o placar final.
- Normalmente é jogado em "melhor de três" ou "melhor de cinco".
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