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Governo se coloca à disposição para ajudar a pagar cerimônias dos Jogos

A pedido de Paes, Temer assumirá gastos com festas de abertura e encerramento em época de contenção de despesas do Comitê Rio-2016. Conta de geradores pode mudar de mãos

Leonardo Picciani, novo ministro do Esporte (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
imagem cameraLeonardo Picciani, novo ministro do Esporte (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Rio de Janeiro (RJ)
Dia 15/06/2016
18:04
Atualizado em 16/06/2016
08:04

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O governo federal se colocou à disposição do Comitê Rio-2016 para auxiliar no pagamento das cerimônias dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, em especial a de abertura do primeiro, que acontecerá no dia 5 de agosto, no Maracanã.

O assunto foi tratado nesta semana em encontros entre o presidente interino Michel Temer, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o Comitê Rio-2016, na capital fluminense. O pedido partiu do prefeito Eduardo Paes.

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, disse nesta quarta-feira que os valores e a forma dos repasses serão discutidos nos próximos dias pelo governo.

– O balanço é muito positivo e confirma o que nós temos assinalado nos últimos dias, de que a maioria dos preparativos está pronta. O presidente do COI fez uma referência à conversa que teve com o presidente Temer, sobretudo sobre as cerimônias, de uma possível ajuda do governo federal. Temer sinalizou positivamente ao tema – afirmou Picciani.

O custo estimado das quatro festas (abertura e encerramento da Olimpíada e Paralimpíada) é de R$ 250 milhões. Segundo o ministro, o auxílio tem o objetivo de fazer com que “o Brasil realize cerimônias à altura do que o mundo todo espera”.

A política do Comitê Rio-2016 é de não receber dinheiro público de maneira direta. Seu orçamento atual, de R$ 7,4 bilhões, é composto apenas por repasses de empresas privadas.

Portanto, a ajuda mencionada por Picciani só pode ocorrer de duas formas: com patrocínio de uma empresa estatal aos Jogos, a exemplo do que fazem os Correios, ou como parte de uma troca de responsabilidades entre os entes envolvidos. O Comitê já arcou com uma série de compromissos assumidos e não honrados pelo governo no dossiê de candidatura do Rio de Janeiro.

Neste caso, um dos mecanismos estudados hoje é a possibilidade de a União pagar parte ou o total de uma conta de R$ 19 milhões do Rio-2016 com geradores para as instalações olímpicas. Uma vez que Temer acate a sugestão, o Comitê terá um alívio para realizar as cerimônias.

Na terça-feira, o presidente interino declarou que dará o suporte que for preciso para a realização dos Jogos. O discurso acontece em um momento delicado para os cofres federal, estadual e municipal, e do Comitê. O político deu garantias aos organizadores de que o evento é prioridade do país, discurso que agradou ao presidente do COI, o alemão Thomas Bach.

A entidade já realizou um corte de mais de 10% em suas despesas. Se extrapolar o teto de R$ 7,4 bilhões, a conta cairá sobre o governo do estado, em crise, e a prefeitura do Rio de Janeiro.

Outro tema para o qual Picciani deu garantias foi a sequência das obras da Linha 4 do metrô, que terá limitações durante os Jogos. Um financiamento do BNDES de quase R$ 1 bilhão ainda está pendente.

– O presidente Temer já teve uma conversa reservada com o governador Francisco Dornelles para discutir caminhos ao estado do Rio de Janeiro para que seja dada a continuidade ao projeto do metrô sem mais problemas financeiros – falou Picciani.

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