Isinbayeva dispara contra veto ao atletismo russo: ‘Puramente político’
Lenda, a atleta do salto com vara não aceitou a decisão e, revoltada, se pronunciou após CAS rejeitar o apelo feito pelo Comitê Olímpico Russo e por alguns competidores
Um dos principais nomes do atletismo russo, Yelena Isinbayeva não perdeu tempo e criticou duramente a decisão da Corte Arbitral do Esporte, que, na manhã desta quinta-feira, rejeitou a apelação feita pelo Comitê Olímpico Russo e por 68 competidores do país para que a Rússia seja liberada para disputar as provas de atletismo nos Jogos Olímpicos Rio-2016, a serem realizados a partir do dia 5.
- Obrigada a todos por terem enterrado o atletismo. Isso é puramente político - disse à agência de notícia russa TASS.
Em seu Instagram, a bicampeã olímpica do salto com vara atacou os rivais dos russos na modalidade, usando um tom de deboche na postagem.
- Era, sim, uma esperança. Vão todos esses atletas estrangeiros "amigos" exalar o alívio em ganhar suas medalhas, pseudo-ouro, na nossa ausência. O poder sempre temido - escreveu Isinbayeva na legenda de imagem, em que ela aparece com uma toalha na cabeça e um semblante de frustração.
Mais sobre o caso
Em seu anúncio, feito por meio de nota oficial, a CAS informou que sequer julgou o mérito das apelações protocoladas. Os russos queriam que o tribunal revisse os termos legais em que a proibição da Iaaf foi feita, e também pediram que os atletas que não foram envolvidos diretamente com casos de doping fossem liberados para competir na Rio-2016. E, do grupo de 68 atletas, 67 deles (incluindo a saltadora Yelena Isinbayeva, campeã olímpica e mundial, e recordista mundial da prova) também entraram com um outro pedido na CAS, recorrendo da decisão da Iaaf em libera os russos na Olimpíada do Rio, desde que competissem como atletas neutros, sem ser sob a bandeira da Rússia.
Em sua avaliação do caso, a CAS considerou procedente as ações tomadas pela Iaaf, pois estão de acordo as regras de competição da própria entidade que rege o atletismo mundial. Além disso, informou que, pelo fato do Comitê Olímpico Internacional (COI) não ter sido envolvida na apelação, avaliou não ter jurisdição para determinar o que o COI deveria fazer em relação à suspensão da Rússia no atletismo, assim como sobre a opção dos russos competirem de forma neutra. Em outras palavras, a CAS deixou nas mãos do próprio COI para decidir estas questões.