Jaqueline fala sobre derrota e descarta deixar seleção
Apesar da derrota para a China, jogadora revela aprendizado, valoriza torcida e grupo de jogadoras da seleção
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Dois dias após a derrota para a China, por 3 sets a 1, no Maracanãzinho, a ponteira Jaqueline falou com a imprensa em evento na manhã desta quinta, no Rio. Ao contrário de Sheilla e Fabiana, que anunciaram que não jogam mais pela seleção brasileira, Jaque descartou abandonar o time nacional.
- As meninas já tinham o discurso delas. Desde 2010 elas tinham dito que iriam sair e voltaram porque foi um pedido do Zé (José Roberto Guimarães, técnico da seleção feminina de vôlei). Eu não sei se amanhã eu vou parar. Não sei se daqui a dois anos eu vou parar. Eu quero é aproveitar, porque é muito bacana. É tão pouco tempo que um atleta tem de viver esses momentos de seleção brasileira. Então quero aproveitar o quanto eu puder. Quando eu vir que não tenho mais condições, aí pode ter certeza que eu vou falar que chegou minha hora - anunciou Jaqueline.
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Um pouco abatida, a jogadora revelou, ainda, que a eliminação brasileira no vôlei feminino foi um baque, mas ressaltou o comportamento da torcida mesmo após o resultado negativo.
- A gente luta tanto, passa quatro anos longe da família, dos amigos. E, quando chega um momento como esse, tão almejado, você não consegue o que você tanto trabalhou para conseguir. Claro que isso te deixa frustrada. Fiquei triste naquele momento, muito mal, fiquei em outro planeta. Não consegui entender que aquilo estava acontecendo comigo. Ao mesmo tempo, fiquei muito feliz com todo o carinho que a gente recebeu naquele Maracanãzinho. Só espero que todos os esportes sejam reconhecidos tanto quanto nós fomos - declarou antes de completar - Aprendi muito. Nem só de vitórias vive o campeão.
Mesmo terminando a Olimpíada sem a tão sonhada terceira medalha de ouro, Jaqueline fez questão de valorizar o grupo de jogadoras. Do alto da experiência de seus 32 anos, sendo 15 dedicados à seleção brasileira, a ponteira valorizou o grupo de jogadoras comandado pelo técnico José Roberto Guimarães.
- Todos esses anos que passei na seleção esse grupo foi o mais bacana. Todo mundo se ajudando. Acho que foi porque a gente era mais experiente. As mais novinhas também interagiam muito com a gente, procuravam, tiravam dúvidas. Um grupo muito "massa" de se trabalhar, que brincava sempre. E no vestiário após essa infeliz derrota, foi o momento que a gente pegou para agradecer mesmo, expressar o que tava sentido. Eu nunca falei de um grupo como falei desse, porque foi muito "massa" - destacou a jogadora.
Jaqueline, agora, se volta para a própria carreira. Sem clube, a jogadora revelou ter propostas de clubes brasileiros e do exterior. Ela tomará a decisão de em qual equipe vai jogar a temporada 2016/2017 nos próximos dias.
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