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Jogo de vôlei entre Irã e Polônia quase acaba em pancadaria

Atletas discutiram ao fim do jogo e alguns precisaram ser contidos. Na coletiva, mais farpas

Jogadores de Irã e Polônia entraram em conflito após o duelo pelo vôlei masculino
 (Foto: AFP)

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A partida entre Irã e Polônia quase terminou em pancadaria, nesta terça-feira, pela segunda rodada do torneio masculino de vôlei, no Maracanãzinho.

O contratempo começou após os poloneses fecharem o jogo, no tie-break, em 18 a 16, e provocarem os rivais antes do tradicional cumprimento na rede. Alguns jogadores mais exaltados do Irã precisaram até ser contidos. O locutor do ginásio interveio, dizendo que eles estavam numa Olimpíada e precisavam se acalmar. A situação parecia resolvida, mas voltou a esquentar na sala de entrevistas coletivas.


Perguntado sobre o problema no fim do jogo, o levantador e capitão iraniano Marouf soltou:

- Não sei o porquê de eles nos odiarem.

A resposta de Kubiak, capitão polonês, foi repleta de sarcasmo:

- Não é isso que o Marouf disse. Posso garantir que nós amamos eles. Nós não os odiamos. É assim que mostramos o amor para as pessoas - arrancando gargalhadas de jornalistas poloneses presentes na entrevista.

O iraniano não gostou e retrucou:

- Não faça piadas, ok?

Kubiak, um velho conhecido de todas as seleções top do vôlei pelo estilo provocador em quadra, continuou:

- Nós gostamos deles. Se eles riem da nossa cara durante o jogo, não me importo. Para mim é parte do esporte. Eles riem, nós rimos. Para mim o importante é o resultado e eu faço qualquer coisa para ganhar. Não vou bater em ninguém, não vou brigar com ninguém. Só quero ganhar. E faço isso não apenas contra eles (iranianos), faço contra qualquer equipe.

A entrevista coletiva dos jogadores então terminou, com Kubiak e Marouf saindo da sala. Mas o iraniano falou antes de passar pela porta:

- Nos vemos depois. Foi isso que eles falaram para a gente - sugerindo que os poloneses chamaram os iranianos para briga.

O argentino Raul Lozano, técnico do Irã, interferiu:

- Foram essas as palavras que começaram a confusão. Eu aceito agressividade, estamos em jogos de homens e não de crianças. Agressividade vai existir sempre, agora se chegamos ao ponto de agressividade virar insulto chegou a hora de parar.

Neste momento, foi a vez do francês Antiga, técnico da Polônia, se meter no bate-boca. Tentando abafar o som do microfone, ele começou a conversar com Lozano, que fez questão de dizer que não se referia apenas ao capitão Kubiak.

Acabou? Ainda não. Antiga então deu um recado para um jornalista polonês que estava na sala:

- Nós não queremos mais falar sobre isso. Não vai escrever merda depois. Fale e escreve sobre vôlei, não sobre a briga.

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