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Judoca egípcio é mandado de volta para casa por ato desrespeitoso

Nas oitavas de final da categoria pesado (acima de 100 kg) Islam El Shehaby não cumprimentou, por motivos políticos, o israelense Or Sasom; COI reprovou o ato 

El Shehaby
imagem cameraA atitude de El Shehaby não pegou bem e o egípcio foi mandado de volta para casa mais cedo (Foto: AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 16/08/2016
11:25
Atualizado em 16/08/2016
12:07

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O Comitê Olímpico do Egito decidiu punir o judoca Islam El Shehaby por não ter cumprimentado o israelense Or Sasom, ao término do combate nas oitavas de final da categoria pesado (acima de 100kg), e o enviou de volta ao país do norte da África. O pedido de repreensão partiu do COI (Comitê Olímpico Internacional) que entendeu que o egípcio desrespeitou o clima amistoso dos Jogos.

Na ocasião, El Shehaby foi derrotado por Sasom e ficou fora da briga pela medalha. Ao término do confronto, o israelense estendeu a mão ao oponente e o egípcio se recusou a cumprimentá-lo sendo muito vaiado pelo público na Arena Carioca 1. Segundo o próprio judoca do Egito, o ato desrespeitoso teve motivações políticas e não esportivas.

"Não tenho nenhum problema com judeus ou com pessoas de qualquer outra religião. Mas, por razões pessoais, você não pode exigir que eu aperte a mão de alguém desse Estado, especialmente em frente do mundo todo", alegou El Shehaby ao ser questionado sobre o fato de não ter cumprimentado seu oponente.

Embora Egito e Israel tenham reconhecido a paz em 1979, as relações conturbadas entre ambos os povos é histórico e tem origens no conflito entre Israel e Palestina, acalorados após o término da Segunda Guerra Mundial. Egípcios e israelenses (vizinhos na região entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho), inclusive, já se envolveram em quatro guerras somente na segunda metade do século passado.

Em nota, o COI explicou que todas as delegações presentes no Rio de Janeiro zelam pelo espírito olímpico, pela paz e pelas relações amistosas entre os mais diversos povos e culturas. Por fim, os egípcios foram orientados a não repetir mais o ato de desrespeito no Rio de Janeiro.

"O presidente do comitê egípcio divulgou um comunicado dizendo que eles respeitam todos os atletas e todas as nações nos Jogos Olímpicos", finalizou o Comitê Olímpico. 

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