Mariana Silva surpreende, chega à semifinal, mas fica sem medalha
Pouco cotada antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, brasileira quase garante mais uma láurea para o judô brasileiro nos Jogos Olímpicos
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“Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”. A frase escolhida por Mariana Silva para ilustrar a revista olímpica da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) explica muito bem o que aconteceu nesta terça-feira na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Afinal, entre todos os 14 judocas do Brasil nos Jogos Olímpicos, ela era a menos cotada para conseguir uma medalha. Contrariando todas as previsões, ela chegou até a semifinal, mas terminou no quinto lugar na categoria meio-médio (até 63kg). Mesmo assim, foi uma atuação histórica.
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O grito solto e o rosto emocionado na entrada da zona mista logo após a vitória nas oitavas de final mostrou bem todo o sentimento de Mariana. A brasileira estava engasgada, angustiada na busca por um bom resultado. E o melhor momento de sua carreira veio justamente em uma Olimpíada.
Não é exagero dizer que o resultado obtido pela judoca é uma surpresa. Entre todos os lutadores do Brasil, é a que está na pior colocação no ranking mundial. Se não bastasse, tinha como melhor resultado em uma competição internacional uma medalha de ouro no Campeonato Pan-Americano deste ano. Mas o esporte é cheio de surpresas.
Mariana foi deixando para trás suas adversárias e, a cada vitória, uma esperança maior. Caíram Szandra Szogedi, de Gana, Martyna Trajdos, da Alemanha, e Yarden Gerbi, de Israel. Faltava passar pela semifinal, quando foi derrotada por Tina Trstenjak, da Eslovênia. Minutos depois, a atleta voltou ao tatame contra a holandesa Anicka Van Emden, como novo tropeço.
Assim como Rafaela Silva no dia anterior, a judoca estava muito focada em cada combate. Mas faltou pouco para subir ao pódio. Mesmo assim, não dá para desanimar. Com um resultado desse nos Jogos, ela, que tem apenas 26 anos, pode sim buscar voos mais altos.
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