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O melhor do dia 9: Bolt, tri. Murray, bi. Hypólito, enfim

E também: final no boxe para o Brasil, o choro de Del Potro e o amor nos Jogos

Usain Bolt, tricampeão dos 100 m rasos. Inédito.
FRANCK FIFE / AFP

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Às 22h deste domingo, um homem fez história no Engenhão, estádio sede do atletismo nos Jogos do Rio. Ele venceu com tamanha facilidade que seus adversários já sabiam que perderiam faltando muitos metros de prova. Fez uma marca impressionante. Foi campeão sem contestação.

Usain Bolt entrou na pista às 22h25.

O homem descrito é Wayde Van Niekerk, que bateu o recorde mundial e foi ouro nos 400 m com o tempo de 43s03, superando marca que durava 17 anos. Esse é o tamanho de Usain Bolt: ele conseguiu ofuscar uma história mágica do atletismo, construindo outra em menos de 10 segundos.

Tri
Usain Bolt se tornou, no Rio de Janeiro, o primeiro tricampeão da história dos 100 m, a prova mais famosa do atletismo. Fechou a prova em 9s81, a pior marca de sua carreira em finais de Mundial ou Olimpíada. E daí? Ficou atrás na prova por cerca de 50 m. Quem liga? Após ultrapassar a linha de chegada, fez sinal, com a mão direita, de que a prova havia sido "mais ou menos". Quem percebeu?

Bolt conquista o público. Todos no Engenhão queriam vê-lo. Queriam presenciar o raio. Queriam ser parte da história. E ela foi feita. Como um raio. Em 9s81. Largando mal, como sempre faz. Saindo atrás, como sempre faz. Ultrapassando após o meio da prova. E finalizando com um sorriso no rosto, batendo no peito. Usain Bolt é tri.

"Eu já sou uma lenda. E faltam dois ouros", disse. Ninguém discorda.

Murray, bi
Juan Martin Del Potro bateu Novak Djokovic na primeira rodada. Rafael Nadal nas semifinais. Cansou. Estava exausto neste domingo. E acabou não resistindo a mais um tenista que compõe o rol de quatro estrelas do esporte da raquete. Deixou a quadra central do Rio chorando. Foi prata.

Andy Murray é bicampeão olímpico.

O britânico é o primeiro na história a alcançar o feito. Em quatro sets, bateu o argentino em partida épica, por mais que a palavra possa estar banalizada. Foi épico o duelo. Para provar que, mesmo sendo um esporte com premiações milionárias, um torneio que vale medalha, e não pontos ou dinheiro, pode ser tão importante quanto uma final de Grand Slam.

Hypólito. Redenção
Em 2008, favorito, no auge. Caiu. Em 2012, favorito, ainda acima dos rivais. Caiu.

2016. Longe do auge. Sem favoritismo. Quando se classificou para a final do solo, assumiu que era surpresa. Quando acabou sua rotina, achou que a nota fora baixa.

Hypólito é dono de uma prata olímpica. Qualquer resquício da fama de "amarelão" se foi. Diego, enfim, conseguiu realizar o sonho que parecia ter se esvaído há oito anos.

Final no boxe
Robson Conceição sairá do Rio de Janeiro com uma medalha. O baiano se classificou neste domingo para a final da categoria até 60 kg do boxe. Ele derrotou o cubano tricampeão mundial e será ou prata, ou ouro. Terça, 19h45, ele saberá.

Ela disse sim
Após receber a medalha de prata que guardará para o resto da vida graças à segunda colocação no trampolim de 3 m dos saltos ornamentais, a chinesa He Zi recebeu outra joia que pretende ter consigo para sempre: um anel de noivado. Seu noivo, o também saltador Qin Kai, a surpreendeu com um pedido de casamento assim que ela desceu do pódio

He zi
CHRISTOPHE SIMON / AFP

Ouro e prata
A noite do atletismo também teve história feita pela América do Sul, por mais que Bolt tenha distraído todos deste tópico. Caterine Ibarguen, bicampeã mundial do salto triplo, confirmou seu favoritismo e levou o ouro para a Colômbia. A prata ficou com a venezuelana Yulimar Rojas, transformando o salto triplo na primeira prova da história do atletismo em Jogos com duas sul-americanas nos lugarem principais do pódio.

Coletivos
O Brasil passou sem uma derrota sequer pela primeira fase do vôlei feminino. As meninas bateram a Rússia por fáceis 3 a 0 e avançaram para as quartas na liderança da chave (a rival será a China). Outro time feminino que passou com tal glória foi o de handebol, que derrotou Montenegro e está nas quartas como 1° do grupo.

Semifinal dupla
​Os dois times do Brasil no vôlei de praia feminino alcançaram as semifinais. Mais cedo, Larissa e Talita sofreram, tiveram match-point contra, mas bateram a dupla da Suíça. Já quase de madrugada, Ágatha e Bárbara despacharam  dupla russa e também estão entre as quatro melhores.

Violência
O nadador Ryan Lochte foi vítima de um assalto no Rio, e teve uma arma apontada para si

- É verdade que eu e meus companheiros de time fomos vítimas de um assalto mais cedo neste domingo, e o mais importante é que estamos seguros e ilesos - escreveu em seus perfis nas principais redes sociais.

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