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O melhor do dia 5: a maior vitória do polo brasileiro, o fim de um drama no futebol e um mito reina na ginástica

Dia tem também um raro sofrimento americano no basquete, polêmica entre saltadoras brasileiras e Popó acusando manipulação de resultados. Thiago Pereira está na final

Brasileiros comemoram a história vitória sobre a campeã mundial Sérvia, que garantiu o time nas quartas de final
imagem camera(Foto: Vitor Silva/SSPress)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/08/2016
23:19
Atualizado em 11/08/2016
00:44

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Pode ter passado despercebido, já que o foco do torcedor brasileiro nos esportes coletivos estava no drama do futebol e nos mais tradicionais, como vôlei (que venceu o Japão na chave feminina por 3 sets a 0) e handebol. Mas veio do polo aquático a vitória para a história. E, em consequência, uma inédita vaga nas quartas de final das Olimpíadas. O Brasil bateu a Sérvia, campeã mundial em 2015, por 6 a 5, com gol nos segundos finais, e garantiu a classificação para a fase de mata-mata. O astro do jogo foi o goleiro Slobodan Soro, do Brasil - mas nascido na Sérvia e ex-atleta da seleção europeia.

O mito da ginástica
Kohei Uchimura não perde uma final do individual geral em Mundiais ou Olimpíadas desde 2008, quando foi prata em Pequim. Isso quase mudou nesta quarta, quando o ucraniano Oleg Verniaiev quase acabou com o reinado do "Rei" japonês (sim, esse é o apelido dele, com motivos, é claro). A disputa foi até a última nota, quando o ucraniano ficou a 0,099 de acabar com o reinado japonês. Não conseguiu.

Acabou o drama - por enquanto
O futebol feminino brasileiro já estava classificado, enquanto o masculino vivia um drama. Será que a classificação sairia, depois de dois 0 a 0, com África do Sul e Iraque? Saiu. E foi de forma tranquila. A Dinamarca não foi páreo para um Brasil escalado com quatro atacantes: 4 a 0 e ambos avançaram para as quartas. Lá, a Seleção encara a Colômbia, que se classificou ao bater a Nigéria

Brasil x Dinamarca (Foto:Lucas Figueredo/MoWa Press)
 (Foto:Lucas Figueredo/MoWa Press)

Natação
​Michael Phelps e Thiago Pereira nadaram lado a lado por duas vezes nesta quarta - e nadarão novamente quinta-feira. Nas baterias e nas semifinais dos 200 m medley, americano e brasileiro avançaram juntos até a decisão da prova, em que encontrarão Ryan Lochte e Kosuke Hagino. Dificilmente as medalhas ficam fora desse quarteto.

O "Time dos Sonhos" acordou de um pesadelo
É claro que o chamado "Dream Team" é só um - a seleção de 1992. Mas é inevitável que o apelido seja lembrado quando o time dos EUA no basquete parece invencível. Nesta quarta, não pareceu: a Austrália foi para o intervalo vencendo (o 1° time a conseguir isso contra os EUA em Jogos desde a Argentina, em 2004) e deu sufoco até o final. Mas no último minuto, quando os australianos tiveram que fazer faltas para colocar os rivais na linha de lance livre, os EUA abriram vantagem e acordaram do pesadelo: 98 x 88 e invencibilidade mantida. A França venceu o outro jogaço do dia: 76 a 75 sobre a Sérvia, com bola decisiva de Tony Parker.

Nos saltos, polêmica
​Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso são parceiras nas competições de salto sincronizado. E só. As duas já não se davam muito bem. E, agora, depois da convivência na Vila Olímpica, o clima piorou de vez. Não porque ambas ficaram apenas com o oitavo lugar na prova do salto sincronizado da plataforma de 10 metros. Mas porque Ingrid Ingrid dormiu com outro atleta no apartamento que divide com Giovanna, na Vila Olímpica. E, para isso, tentou fazer com que sua parceira de competição saísse do local. Acabou quase expulsa dos Jogos. Ainda nos saltos, brasileiros minimizaram a água verde que surgiu na piscina.

Boxe: duas vagas
​O dia foi positivo para o Brasil no boxe: Michel Borges triunfou na categoria até 81 kg e se classificou para as quartas. Já Robenilson de Jesus estreou com triunfo na categoria até 56 kg e está nas oitavas. Mas também teve polêmica: Popó, ex-campeão mundial profissional da modalidade, desabafou contra possíveis manipulações de resultados no boxe olímpico. Para ele, "é uma certeza" que exista.

Derrotas
O dia foi de muitas derrotas para o Brasil, nem todas esperadas. No handebol feminino, a seleção dona da casa teve seu 1° tropeço no torneio: 29 a 24 para a Espanha. No judô, Maria Portela foi eliminada por golpe irregular nas oitavas, enquanto Tiago Camilo caiu por waza-ari na mesma fase e, possivelmente, encerrou sua carreira olímpica.

7 a 1 foi pouco - mesmo
​O dia de decisão de vagas no futebol teve um placar em destaque: a Alemanha voltou ao Mineirão pela primeira vez após o histórico 7 a 1 na semifinal da Copa do Mundo-2014, contra o Brasil, e com nova goleada. Claro, foi contra a frágil equipe de Fiji, mas quem liga? Os alemães fizeram 10 a 0 sobre o time da Oceania e garantiram vaga nas quartas - pegam Portugal.

Refugiado arranca aplausos
​Ele foi aplaudido de pé e muito ovacionado pelo público presente na Arena Carioca 2, mas não é um brasileiro. Foi o centro das atenções na zona mista após as lutas, mas não foi campeão olímpico. Afinal, quem é o judoca que roubou a cena na primeira parte das competições do judô nesta quarta-feira? Ele é Popole Misenga, da República Democrática do Congo, que lutou pelo Time de Refugiados nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E venceu uma luta!

Vôlei de praia
Na modalidade disputada nas areias de Copacabana, o Brasil só venceu uma partida, mas com superação: Alison aguentou torção no tornozelo direito para classificar o Brasil, ao lado de Bruno Schmidt, às oitavas de final dos Jogos Olímpicos Rio-2016.  Já no feminino, Bárbara e Ágatha perderam para dupla espanhola em sets diretos, mas se classificaram.

Medalhas
Na natação, a noite teve medalhas de ouro para o Cazaquistão nos 200 m peito masculino, Austrália nos 100 m peito masculino, Espanha nos 200 m borboleta feminino e EUA no revezamento 4x200 m livre feminino. ​
Na canoagem slalom K1, a Grã Bretanha levou o ouro - o brasileiro Pedro da silva ficou em 6° na final, a melhor posição brasileira na história da modalidade. No ciclismo, modalidade contra o relógio, a Suíça foi ouro no masculino e os EUA no feminino. Na esgrima, a Rússia levou o florete feminino e Hungria o sabre masculino. No judô, o dia finalmente foi japonês: ouro no masculino e no feminino. No levantamento de peso, China e Cazaquistão levaram ouro. Nos saltos ornamentais, trampolim de 3 m sincronizado, deu Grã Bretanha. Por fim, no tiro, deu Coreia do Sul na pistola 50 m e, na fossa duble, deu Fehaid Aldeehani, atleta do Kuwait que, devido à suspensão do Comitê de seu país, compete sob a bandeira do COI.

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