O melhor do dia 14: Usain Bolt faz a festa do adeus com 9° ouro – o raio é três vezes tri
Marta e Formiga não conseguem bronze no futebol; mais dois países levam ouro inédito, Isaquias rumo à medalha histórica e Brasil na final do vôlei
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Dizem que despedida boa é despedida rápida. Que não se alonga, que não dá chance para quem dá adeus se emocionar. Usain Bolt diz: esta foi sua última Olimpíadas. Então, para ir embora dos Jogos, fez o que sabe melhor. Correu. Se despediu em pouco menos de 10 segundos. O tempo que levou para abrir vantagem dos rivais e dar o ouro à Jamaica no revezamento 4x100 m.
Usain Bolt é nove vezes campeão olímpico. Três vezes tri.
Se este foi, e fato, o adeus do mito, ele foi perfeito. Dizem que o correto para um atleta é parar no auge. Talvez seja melhor, mesmo, que Bolt se despeça.
Quarta final seguida
Bernardinho conseguiu: apesar da renovação, apesar da derrota na final da Liga Mundial, apesar da classificação no sufoco na fase de grupos... O Brasil está, pela quarta Olimpíada seguida, na final.
E a vaga veio com sobras: 3 a 0 sobre a rival Rússia, time que tirou o ouro do Brasil em 2012. Se o vôlei feminino não conseguiu defender o bi, o time masculino pode tentar o tri. Para os supersticiosos, a conta bate: o 1° ouro saiu em 1992; 12 anos se passaram, ouro em 2004; mais 12 anos... 2016. Será?
Isaquias, para a história
Ele já medalhou duas vezes no Rio. Mas está a 1.000 m de se tornar o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas na mesma Olimpíadas. Isaquias Queiroz vai à final da canoagem c2 1.000 m, ao lado de Erlon de Souza, com o melhor tempo da classificação. Será que vem mais uma glória para o baiano?
Não deu
O jogo mais triste para o Brasil nesta sexta não ocorreu no Rio. Em São Paulo, a Seleção feminina não conseguiu o bronze ao perder para o Canadá.
Foi a despedida de Formiga da Seleção. Marta? Não sabe se voltará. O time que conquistou o país sai sem medalha, mas com uma torcida apaixonada.
Ouros inéditos
O Rio de Janeiro se tornou a casa dos novatos. Nesta sexta, mais dois países levaram seus primeiro ouros em Olimpíadas. No arremesso do martelo, Dilshov Nazarov levou o ouro para o Tadjiquistão. No taekwondo, Junior Cisse usou todo o carisma de seu nome para conseguir virada impressionante, no último segundo, com chute rodado na cabeça do rival, para conquistar o 1° ouro da história da Costa do Marfim.
Cisse, que teve a torcida brasileira ao seu lado durante todo o dia de combates da categoria +80kg, comemorou o milagre com seus novos fãs na arquibancada.
Com Tadjiquistão e Costa do Marfim, já são nove países com ouros inéditos: também conseguiram Bahrein, Jordânia, Porto Rico, Kosovo, Cingapura, Vietnã e Fiji.
A mais radical de todas
Na prova com mais quedas e lesões nas Olimpíadas, o único esporte radical dos Jogos consagrou a primeira mulher sul-americana na história a ser bicampeã olímpica em prova individual. A torcida colombiana lotou a arquibancada do circuito de BMX para ver Mariana Pajón vencer a prova e ser bi.
EUA e Sérvia decidem o basquete
Os Estados Unidos ganharam só por seis pontos, mas venceram: 82 a 76 na Espanha. A Sérvia, por sua vez, passeou: 81 a 67 na Austrália. As seleções repetirão a final do Mundial de 2014 - mas é bom lembrar: na fase de grupos, os EUA bateram os sérvios por só três pontos, com o time europeu errando o arremesso que empataria o jogo no último segundo.
1° casal homossexual de ouro
O hóquei na grama é pouco (ou nada) acompanhado no Brasil, mesmo durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Assim, poucos perceberam que nesta sexta, quando a Grã-Bretanha conquistou a medalha de ouro na modalidade (batendo a Holanda por 2 a 0 no "shoot-out", espécie de disputa de pênaltis), também criou uma inédita história olímpica.
As jogadoras Kate e Helen Richardson-Walsh, de 36 e 34 anos, respectivamente, se tornaram o primeiro casal homossexual a levar um ouro na história das Olimpíadas.
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