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Ministro ignora meta e diz que só as medalhas ‘não são parâmetro de avaliação’ do desempenho brasileiro

Picciani afirma que plano para Tóquio-2020 é investir mais e ter rendimento superior; ministro cita finais inéditas e faz comparação com Londres

Leonardo Picciani, ministro dos Esportes
imagem cameraLeonardo Picciani fez balanço do desempenho olímpico (Foto: Paula Mascára)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/08/2016
12:33
Atualizado em 21/08/2016
12:51

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O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, fez um balanço do desempenho brasileiro nos Jogos Olímpicos Rio-2016. Ele considerou satisfatória a performance da delegação nacional e não levou em conta a meta lançada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) - e abraçada pelo Plano Brasil Medalhas - de o país ficar entre os dez melhores no quadro de medalhas.

Segundo Picciani, usar o número de medalhas como critério de avaliação não é algo válido.

- Tivemos 11 medalhas inéditas, sendo dez em modalidades individuais. Tivemos evolução significativa. Tivemos finais inéditas, muitas modalidades não eram tradicionais no país. O Brasil disputou 50 finais no Rio contra 36 em Londres. Esse é um dado que o ministério considerou como o principal. Entendemos que a conquista de uma medalha olímpica depende de uma série de fatores, peculiaridades que ocorrem na competição. Portanto, não podem ser apenas as medalhas o parâmetro de atuação da delegação de um país - afirmou o ministro, em coletiva realizada neste domingo.

Apesar de a meta de estar no Top-10 olímpico constar do site oficial do Ministério do Esporte, Picciani disse que ela não foi estabelecida por ele.

- Não posso considerar descumprido algo que não foi estabelecido como meta, mas o Ministério está satisfeito com a atuação brasileira. Tivemos evolução da atuação praticamente em todas as modalidades - comentou.

A projeção do ministro do Esporte é não deixar o volume de investimentos com atletas e infraestrutura cair para o ciclo de 2020. E o alvo é que o resultado esportivo seja reflexo disso.

- Nossa meta de 2020 é superar os resultados de 2016, a exemplo do que ocorreu em 2016, superando largamente os de 2012. De modo geral, foram investidos cerca R$ 4 bilhões neste ciclo, contando a partir de 2010, sendo R$ 3 bilhões em infraestrutura e o restante na preparação dos atletas - afirmou Picciani.

Na apresentação, o ministro citou que dos 465 convocados, 358 (77%) recebem Bolsa Atleta ou Bolsa Pódio, ou seja, têm investimento do governo federal.

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