Wu não dá bola para pressão e expectativa de medalha. ‘Tudo o que eu tinha para fazer, eu fiz’

A pressão natural que todos os atletas brasileiros irão sentir ao competir no Rio de Janeiro será reforçada no caso do atirador Felipe Wu. Atual líder do ranking mundial da pistola de ar 10 m, Wu chegará para a competição prevista para o dia 6 de agosto sabendo que tem boas chances de quebrar um jejum de quase um século: uma nova medalha olímpica para o tiro esportivo brasileiro.

Em 1920, nos Jogos da Antuérpia, na Bélgica, o Brasil conquistou suas três primeiras medalhas olímpicas, todas no tiro: ouro com Guilherme Paraense, no tiro rápido; prata com Afrânio da Costa, na pistola livre; e bronze na pistola livre por equipes. Este ano, nunca o país esteve tão próximo de repetir um novo pódio, graças à ótima fase de Wu, que lidera o ranking mundial da ISSF (Federação Internacional de Tiro Esportivo), com 1.840 pontos, contra 1.499 do ucraniano Oleh Omelchuk.

- Não vejo isso como uma responsabilidade e sim como um prêmio que demonstra que o trabalho foi bem feito. Estou muito feliz e satisfeito. Tudo o que poderia fazer eu fiz, agora é administrar os treinamentos nesta última semana antes da minha competição. Não vou aprender nada agora, pois tudo o que tinha que ser feito, já foi - disse Wu.

Neste ano, ele já venceu duas etapas da Copa do Mundo, em Baku (Azerbaijão) e em Bangkok (Tailândia). O ucraniano Omelchuk, que já participou de duas Olimpíadas - Pequim 2008 e Londres 2012, sem medalhas -, venceu as etapas do Rio de Janeiro  (na pistola 50 m) e Munique (pistola 10 m).

- Vou atirar primeiro na pistola de 10 m, que é onde tenho mais chances, no dia 6. Infelizmente, na pistola 50 m eu comecei a treinar apenas no ano passado, então as chances são menores. Mas o meu foco em ambas as provas é igual, vou dar o meu melhor nas duas. O que vier de resultado ficarei feliz.