Pego de surpresa com convite para a ABCD, Rogério Sampaio garante: ‘É um grande desafio’
Ex-judoca é o novo secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem. Na próxima semana, ele já vai receber representantes da Wada no país
- Matéria
- Mais Notícias
O novo secretário nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) Rogério Sampaio foi pego de surpresa com o convite para assumir o comando da entidade nacional. O ex-judoca, de 48 anos, recebeu o convite do ministro do Esporte Leonardo Picciani para substituir Marco Aurelio Klein após o descredenciamento do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD).
- Recebi o convite diretamente do ministro. Fui pego de surpresa nesse momento importante do esporte nacional. Não podia deixar de contribuir para o esporte brasileiro. É um grande desafio. Aceitei e espero corresponder todas as expectativas - afirmou o ex-atleta ao site do LANCE!.
Atualmente comentarista dos canais ESPN, idealizador do Projeto Judô – Educando Para a Vida, e responsável pela Associação de Judô Rogério Sampaio, em Santos (SP), Sampaio tem experiência em outras áreas esportivas fora dos tatames. Ele já esteve na presidência da Fundação Pró-Esportes de Santos e na coordenação do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa de São Paulo. Isso sem contar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona (ESP), na categoria até 65kg.
Confira o bate-papo do novo secretário da ABCD com a reportagem:
Quando você recebeu o convite?
Rogério Sampaio: Foi no fim de semana, faz dois ou três dias. Como já trabalhei na gestão pública, acredito que fui procurado por isso. Então, já tenho essa experiência.
Como você vê a situação do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem, que foi descredenciado na última semana pela Agência Mundial Antidoping (Wada)?
RS: Agora, nos dias 5, 6, e 7, vai ter a visita de um representante da Wada para fazer a vistoria. Existe a chance de voltar a ser credenciado, mas não é simples, não é uma coisa fácil. Nós todos, Ministério do Esporte, COB (Comitê Olímpico do Brasil), Comitê Rio-2016 e ABCD, estamos trabalhando para que o laboratório possa trabalhar durante os Jogos.
Quais informações foram passadas para você sobre esse assunto? Um dos motivos do credenciamento seria o erro em alguns testes.
RS: Ainda estou me colocando a par dos acontecimentos. A informação que tive, que não é a oficial, é que houve alguns testes que deram falso positivo. Esse foi um dos motivos. Mas quando essas coisas acontecem, são várias as motivações.
Você se encontrou com o Eduardo De Rose (membro do Conselho de Fundação da Wada) nesta quarta-feira no Rio de Janeiro. Quem tomou a iniciativa do encontro?
RS: Tive reunião com o De Rose agora, nesta manhã, para ter algumas informações. Foi iniciativa minha para entender um pouco o que está acontecendo.
Obter a liberação do LBCD é mesmo uma das primeiras medidas que você vai tentar?
RS: a questão do laboratório não depende de mim. Isso depende da Wada. O laboratório é moderno, os equipamentos são atuais. Mas depende das avaliações da Wada. Além disso, fui anunciado, mas ainda não nomeado. Existe um trâmite natural, a nomeação precisa sair no Diário Oficial. Então, estou colhendo informações para ver de que maneira atuar.
Atualmente, o COI, a Wada e a própria ABCD têm feito um grande trabalho nessa luta contra o doping. Também como um ex-atleta, como você vê essa situação?
RS: O controle de doping tem de estar atento para que os atletas que praticam o jogo limpo e querem competir em igualdade possam ter isso garantido. É importante estar alinhado sempre com a Wada, que é o organismo mundial para organizar isso no mundo. Tenho a visão também que o atleta precisa sempre ser responsável. E quando é pego no doping, existe quem julgar, há as penas para cada situação. Então, precisa ter um bom senso para evitar problemas maiores, estar alinhado com confederações, COB...
Relacionadas
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias