Pistorius caminha sem próteses em tribunal para apoiar tese da defesa
Corredor paralímpico, sul-africano se defende da sentença de homicídio doloso após atirar e matar sua namorada, em 2013, e caminha em tribunal sem suas próteses
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Na tentativa de se defender da acusação de homicídio doloso por ter assassinado sua namorada, Reeva Steenkamp, a tiros em 2013, o corredor paralímpico Oscar Pistorius foi visto de uma forma diferente nesta quarta-feira. Em mais um julgamento, o sul-africano retirou suas próteses e caminhou pelo tribunal em Pretória.
O motivo foi corroborar a tese de sua defesa, que afirma que Pistorius estava sem suas pernas mecânicas no momento do crime e, assim, encontrava-se em sua "forma" mais vulnerável. Seus advogados afirmam que o atleta confundiu a namorada com um ladrão, e atirou através de uma porta.
- Eu não quero exagerar a deficiência. Mas chegou o momento que devemos apenas olhar com olhos diferentes ou, pelo menos, olhos imparciais. Isso não significa que, por ser vulnerável, ele pode fazer o que quiser. Mas, quando entramos no campo da sentença, temos de olhar a conduta do homem. Por favor, vamos entender, quem é esse homem que você tem de condenar? - disse o advogado de defesa Barry Roux, que alega que seu cliente sofre de depressão e deve ser internado em um hospital psiquiátrico.
Pistorius havia sido condenado a cinco anos de prisão por homicídio culposo (sem intenção de matar) em 2014. No fim do ano passado, o grau foi revisto para homicídio doloso e, assim, sua pena pode chegar a 15 anos, segundo a lei sul-africana.
Após o julgamento de hoje, a juíza Thokozile Masipa decidiu prorrogar a audiência que irá determinar sua sentença para o dia 6 de julho, na última instância possível que Pistorius possui para recorrer. Até o momento, o sul-africano está em prisão domiciliar, morando com um tio.
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